quarta-feira, 23 de maio de 2012

Por que Turquia?

Enfim, Turquia!

Um sonho de anos realizado!

Desde pequena, quando estudava história e ouvia falar sobre Constantinopla e sua importância, capital do Império Romano do oriente e a ligação do ocidente com o oriente, em especial para o comércio de especiaria, me perguntava como deveria ser esta cidade naquele tempo. Tudo o que me foi dito na época foi: hoje, este lugar se chama Istambul e é uma cidade da Turquia. E nada mais me foi dito.

Anos depois, muito ouvi sobre a Turquia, coisas boas e estranhas como lugar exótico, dança do ventre, especiaria e os turcos que seriam vorazes comerciantes e há alguns anos, lendo uma revista de turismo, amadureci a idéia de conhecer o país, após ver as lindas fotos, um país não muito grande mas com uma variedade cultura digna de grandes países.

O projeto original eram 2 semanas em 2010, mas foi abortado, e, com a semana que me restou, ou melhor, 8 dias, fiz o básico do básico: Istambul, Capadócia e Izmir.

A Capadócia surgiu no meu mundo quando vi uma foto de balões voando na Turquia e imediatamente quis saber que lugar sensacional era aquele.

Izmir foi a ponte para o Éfeso, território conquistado dos gregos que guarda um acervo cultural importantíssimo, sendo a cidade com aeroporto mais próxima do local. Ficamos hospedados em Selçuk, um região de Izmir.

Pra quem ainda tem algum preconceito, vá. Existem perigos e precauções como em qualquer lugar do mundo, afinal, gente malandra não escolhe onde vai nascer.

E tenha em mente que é uma cultura completamente diferente da nossa. Para quem não é familiar com o Islamismo, considero o nível mais fácil de introdução à cultura, já que, por ser um Estado laico, a religião não tem o mesmo peso que vemos em outros países islâmicos e há sim, muita liberdade cultural.

Na mesma mesa da lanchonete vi meninas alegres conversando, algumas completamente cobertas e com véu na cabeça e outras com jeans. Em algumas famílias as irmãs tem opções diferentes e uma usa véu e outra não. E todas riem com gosto. A opção, acredito, faz o hábito um estilo de vida e não uma obrigação, que não tira a vaidade das mocinhas que optaram pelo uso do véu. Achei muito legal.

Outra situação que vi inusitada foi de um grupo com 3 famílias em que duas mulheres usavam o Niqab (aquele que só mostra os olhos) e uma que usava apenas o véu. As mulheres que estavam totalmente coberta conversavam no mesmo tom de voz, andavam ao dos maridos, riam se divertiam e seus maridos também riam muito de algo que obviamente não compreendi. Mesmo cobertas de negro, eu senti felicidade ali. Não vi submissão.

O mais curioso num destes casal foi um dos homens, que usava alargador na orelha, barba estilosa e uma camisa onde estava escrito DON´T PANIC, I´M MUSLIM. Algo me diz que deve ser designer. :)


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