sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Paris, round 5!


Agora falaremos de outros dois bairros: Montparnasse e Invalides.

Colado em Saint Germain des Près, Montparnasse também é um bairro ótimo para se ficar, mais residencial do que turístico eu arriscaria dizer. Muitos hotéis, restaurantes, calmo e tranquilo.


Não há muitas opções turísticas devo dizer. Museus e galerias não muito famosos, podemos destacar o famoso cemitério de Montparnasse, o Observatório de Paris e a Torre de Montparnasse de onde se tem a melhor vista de Paris (não, não é da Torrei Eiffel).


Apesar dos poucos atrativos, ante a falta deles é justamente um dos melhores lugares para se caminhar ou se perder num demorado passeio de bike.


Andando mais um pouco, chegamos à Invalidez onde fica o símbolo mor de Paris, a Torre Eiffel. Em uma das direções, o jardim das Tulherias, do outro o Campo de Marte e, ao fundo a Place du Tocadero e a Escola de Guerra.


Segundo ouvimos e lemos por lá, os Parisienses foram contra a construção da Torre Eiffel, achavam ridículo e que não combinava com a cidade (e realmente contrasta e muito). A torre teria sido construída como um monumento “provisório” se é que isso é possível e depois seria removida, mas obviamente não o foi.


Deixando o mau-humor dos parisienses à parte, é um lugar que você tem que visitar e pelo amor de Deus, SUBA. Não precisa ir até o topo, mas dos estágios mais baixos já vale a pena e já se tem uma vista incrível de Paris. E não é caro, paguei 4 euros se não me engano. Mas a pé, se quiser ir de elevador eram 8,50 euros, mas não acho tão cansativo, a não ser para quem tenha limitações físicas ou seja MUITO sedentário. Ou idoso.


Em Invalides há uma profusão de prédios público notáveis como o Hotel de Invalides, a Assembléia nacional, vários museus, dentre os quais se destaca o Museu Rodin que eu QUERIA ter visitado mas não deu tempo, dentre outros.


No Hôtel des Invalides encontram-se os restos mortais de Napoleão Bonaparte e lá se destaca o teto dourado da igreja Dôme, do Rei Sol.


De um lado, o Campo de Marte que leva até a Escola Militar, do outro, o Jardin des Invalides e ano fim, Trocadero (parte de outro bairro, Chaillot). A Torre é um lugar para se ver de todos os ângulos possíveis. Confesso que cheguei com o coração frio em Paris e foi ao ver a torre pela primeira vez que ele saltou e eu finalmente pensei: estou em Paris!


Dica, em Trocadero, não deixe de ir lá na parte mais alta e tirar a foto clássica empurrando a Torre. :-D


Chaillot é um bairro logo após Invalides, merece ser visitado mas pelo tempo, acabou ao recebendo muito a minha atenção. Uma pena. Poço de cultura, é o bairro que provavelmente tem a maior concentração de museus, mais de 10 se não me falha a memória, dentre eles o de Arte Moderna, de artes Asiáticas, do Vinho e até mesmo de Balzac (será o tal que escreveu sobre a mulher de 30?).


Ali ainda se encontra o Aquário de Trocadero, que não visitei infelizmente, o Palácio de Chaillot e o Cemitério de Passy.


Eu fui apenas a Trocadero, onde passei agradáveis horas curtindo o agradável clima da recém chegada primavera, passeando pelos jardins e pelas fontes, que finalmente foram ligadas (no dia em que passamos lá!)


Enfim, um lugar a ser melhor explorado.


Em tempo, para quem não sabe, no primeiro domingo de cada mês os museus são gratuitos, portanto, acho que vale a pena também. Como os museus de Chaillot são pequenos mas os preços altos, é mais em conta.



quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Paris, round 4!

Já desmemoriada e sem ter de cabeça o nome de todos os bairros pra continuar, lá vou eu.

Já não lembro mais da ordem em que fomos aos lugares, por isso, falarei de bairros que visitamos e as coisas boas que achamos. Num dos dias praticamente percorremos os bairros de Saint Germain du Près, Luxembourg e o Quartier Latin, famoso bairro de universitários, bem como da famosa Universidade de Sorbonne. Não há muitos monumentos, mas há MUITOS bares e restaurantes a preços convidativos , faculdades, museus...

Almoçamos no Quartier Latin num dos dias (antes de conhecer o Effe´s) e em várias ruas você se depara com um sem número de restaurantes oferecendo o Menu do dia - entrada, prato principal e uma sobremesa a um preço fixo - a melhor opção! Tudo a la carte sai mais caro e num Menu desses você pagava de 10 a 18 euros, nós pagamos 12 euros se não me engano, foi bome e MUITA comida: o meu prato, me lembro, era crepe de queijo na entrada (dois), peito de Peru ao molho de laranja com batatinhas e a sobremesa um sorvete. Mais os 3 euros do vinho e uma gorjetinha, 16 euros por um banquete.

Ainda em Saint Germain ficam as Catedrais de Saint Germain des Près e Saint Sulpice, a lendária faculdade de Sorbonne, o Museu de Cluny, voltado para a idade média e interessantíssimo a ser visitado. Fica também a Torre de Montparnasse, que infelizmente não tivemos tempo para visitar e de onde se tem a melhor vista de Paris, com a torrei Eiffel.

Muitos restaurantes, bares e bistrôs, é considerada a melhor região para se almoçar ou simplesmente tomar seu drink, com calma.

Ainda no Quartier Latin temos o Panthéon e, na mesma praça, por assim dizer, A Escola de Direito de Paris. O jardin des plantes (jardim botânico) de Paris merece uma visita mas não espere muito, não chega aos pés do nosso. É público e aberto a visitas. Tem um mini-zoo, mini-fazendinha ou coisa que o valha, vale uma caminhada.




Saint Germain des Près é quase um Quartier Latin amplificado. Duas importantes universidades (Escola de Belas artes e de Administração), vários museus, dentre os quais destaco o de Delacroix e o Museu D´Orsay (pra mim, o melhor).

Outro bairro altamente recomendado para se ficar pela quantidade de bons restaurantes a preços razoáveis e vários cafés e bistrôs maravilhosos e famosos, dentre eles o Café de flore e Les deux Magots, imortalizado no filme "O fabuloso destino de Amelie Poulain (e que por falta de tempo não entrei BUÁ, mas tenho foto).

A igreja de Saint Sulpice que vimos de passagem fica quase na divisa com o bairro abaixo, Luxembourg, lele, há pouco para se ver, basicamente o Palácio de Luxemburgo e o respectivo Jardim, a fonte de Médicis.

Atrás de Saint Sulpice está o Palácio de Luxemburgo e o respectivo Jardim, que leva seu nome, considerado um dos mais belos de Paris. Apesar de ser o início da primavera, peguei o mesmo praticamente sem flores, num dia em que o tempo abria e fechava numa questão de minutos, ou até mesmo metros! Nessa foto ao lado, por trás de mim o Palácio do Luxemburgo e parte dos Jardins.

É um lugar bonito mas nada de excepcional, mas agradável para se passear.D entro dos jardins podíamos ver locais onde chuvia e onde há raios de sol! Acredito que seja incrivelmente belo na alta primavera. Belas estátuas e chafarizes, um local bem agradável para se visitar. Essa ai do lado é a Fonte de Medicis (La fountain de Medicis).



São três "bairros" que podem ser visitados com a mais absoluta calma em um dia inteiro, afinal, não se esqueça, nessa época temos luz do dia até quase 22:00hs.

Ah e antes que eu me esqueça: na fronteira entre Saint Germain e o Sena fica o Palácio da Justiça (Palais de Justice) e é dentro dele e escondidinha que fica a Saint Chapelle. Entramos no palácio, chegamos na porta da mesma mas o preço de 12 euros fez minha companhia desistir da visita.

Conselho de amiga, NÃO ECONOMIZE com museus e igrejas se for o caso, não vale a pena! No primeiro domingo do mês todos os museus são de graça mas a Saint Chapelle não. Deixamos pra ver no tal domingo, achando que seria de graça mas não foi. Economia porca no meu entender. Os museus em geral custam de 10-15 euros é o padrão.

Quer economizar? Recomendo deixar o Louvre para ver no domingo e duas horinhas no final do dia para o Museu D´Orsay são mais que suficientes.

Ah sim o Jardim do Luxemburgo tem entrada Franca!

Paris, round 3!

Voltando à vaca fria, após o post meloso e apaixonado pelo VELIB, voltemos a ela, Paris.

Para aqueles que dizem: não vou a Paris sozinho(a), é muito romântica, percam seus medos. Afirmo categoricamente que Paris não é romântica, o romantismo vem por conta dos casais apaixonados em lua de mel. E só.

Falando em socialização é apática, nem sempre as pessoas são simpáticas. Uma profusão de gays, clubbers, darks, emos. O parisiense não parece ficar feliz com a presença de turistas e literalmente não está nem aí para você. Excetuando, claro, idosos (fofos), guardas (!!) e trabalhadores em geral.

Mas Paris é extremamente histórica, exagerada, um museu ao ar livre. Recomendo para tudo, menos pra uma lua de mel, não acho crível que alguém possa absorver Paris estando naquele estado de paixonite crônica. Mas enfim eu sou eu, que viaja pra Europa com amiga, vai pra Bariloche sozinha mas passaria lua de mel num barquinho, mergulhando. Eu sou eu.

Mais enfim, dia seguinte, feito o vôo de reconhecimento e eleito o meio de transporte, compramos a carte du ´velib (2,95 euros nas bancas ou no monoprix) e aprendemos como usar a ciclovia, após sermos abordadas por um gentil guarda que nos explicou as regras de trânsito. SIM, gentil mesmo! Podem acreditar!

Outra recomendação que dou a vocês: Paris é MUITO mais que a Torre Eiffel, Notre dame, o Arco do Triunfo, o Louvre e outros points batidos. Compre um BOM guia de Paris e permita-se ficar no MÍNIMO uma semana para conhecer de forma decente. Passeie oelas ruas demoradamente, olhe os prédios, observe o vai e vém.

Eu comprei o Guia de Paris da Publifolha e recomendo fortemente. Só com eles vcs tem acesso às coisas mais pitorescas do local e pérolas perdidas.

Igrejas que não estão no mapa mas tem seu charme, parques e praças onde não há turistas, só parisienses e onde você pode sentar e contemplar o que é ser um parisiense.

Segundo dia passeamos por Beaubourg e Halles e o bairro conhecido comoTuilleries. No segundo obviamente temos os jardins que levam o mesmo nome que são belos mas não tem nada de OH que mereça um vale a pena ver de novo... mas o primeiro, que quase ninguém toca, pode ter surpresas agradáveis.

Em Beaubourg e Halles, dentre vários outros monumentos, fica a Torre de São Jacques (Tour de Saint Jacques) e o polêmico centro Georges Pompidou, vide foto ao lado. E a Igreja, para alguns catedral de Saint Eustache. Não está muito conservada e seu interior é simples, daí se extrai a verdadeira beleza da mesma, pois não depende de muito ouro nem de obras fenomenais para se destacar.


Divina, incrível por dentro - só perde para la Madeleine e a de Sacre Couer em Montmartre, que são imbatíveis e disparadas as mais belas na minha humilde opinião e deveras diferente, se comparada às demais irmãs "famosas". Do lado de fora, uma paisagem diferente das demais, uma pequena cascata artificial deslizando sobre placas de vidro. Comumente abriga concertos e tem um coro muito famoso.

E uma escultura bem diferente, que faz todo mundo virar criança e é foto obrigatória. Nossa inclusive. Disparada a minha foto favorita da viagem. E um lugar onde certamente irei retornar (para mais fotos), se deus quiser, em abril ou maio de 2009. Chama-se l´ecoute e é de autoria de Henri Miller. Só não sei se a tradução correta seria "a escuta" e "escute-a".

Fico imaginando os casamentos nela... será que rola a foto do noivo resgatando a noiva? rs

Paris, round 2!

Passado o primeiro contato e choque com Paris, os Parisienses e etc, eu e Dani partimos com excitação para o primeiro desafio do dia seguinte: como se locomover em Paris!

Como nós somos moças mudernas e dispostas a inovar, vimos e amamos na internet a opção das bicicletas de Paris, o sistema ´VELIB. Sim, esse mesmo que o César maia está copiando e chamando de SAMBA, só que melhor, maior e mais barato, of course (o parisiense que fique claro).

O sistema pega toda a Paris metropolitana. Tem pontos de de bike a cada 300 metros e perto de todos os pontos turísticos, elas estão em todos os lugares!

O passe de 1 dia (24hrs) custa 1 euro; o de 1 semana 5 euros e o ANUAL custa incríveis 29 euros (não você não leu errado, 29 euros ou cerca de 90 reais por ano). Enquanto isso, aqui no Brasil, meu Brasil brasileiro, 10 reais o dia 35 reais a semana e 350 reais o ano (não você não leu errado). Tudo o que vc precisa é de um cartão de crédito internacional com CHIP e é seguro. Vai na máquina, escolhe o ticket, coloca o PIN e voilá, vem seu bilhete, com código, a senha você escolhe e com isso vc retira sua bike em qualquer posto e devolve em qualquer posto do Velib.

O pulo do gato? Se vc usar menos de 30 minutos e devolver não paga mais NADA nem um centaco. Você só começa a ser tarifado em 1 euro por cada meia hora acima de 30 minutos.

E dá, dá sim. O miolão de Paris vc atravessa de uma ponta a outra em menos de 20 minutos. Do Sena a Montmartre você faz em incríveis 20 minutos, ou seja, só paga quem quer. Assim eu e dani parávamos a bike antes dos 30 minutos e não pagávamos nada.

Não acha posto vago? Digita o código velib no posto e ele além de indicar os postos com vagas mais próximos ainda te dá 15 minutos de tolerência e vc pode renovar até achar um posto para estacionar. Ou seja, vc não é punido pela falta de vagas. Genial.

A coisa boa é que lá vc parou a bike pode imediatamente retirar outra e sair rodando. Aqui no Brasil, já sabendo do jeitinho brasileiro vai ter que esperar 15 minutos... rsrsrs

E nem pensa em sumir com a bike. Há um bloqueio de 350 euros de limite no seu cartão, caso a bike não seja devolvida. Em caso de roubo (isso acontece lá??) é só registrar na delegacia.

Enfim, depois do VTM, a segunda dica de ouro.

Eu afirmo com orgulho que NÃO pus os pés no metrô de Paris e paguei bem menos que a famosa carte orange, que custa 13 euros a semana.

Recomendo fortemente. Não só pela economia, mas também pelo fato de que é SUPER agradável conhecer Paris de bike. Além do exercício em si, que faz muita diferença em dias frios.

Quando o sol saiu então...

Recomendo também um passeio de bike by night para ver Paris iluminada. Eu e Dani fizemos um e vimos muita coisa, foi incrível. O único problema é... só anoitece depois das 22:00.

No fatídico dia fomos para casa mais cedo para tentar dormir e sair mais tarde e deu bicho de formigueiro em mim, não conseguia dormir e eu falava descontroladamente, tropeçava, caí, rimos horrores! Concluímos que eu precisava de um drink, descemos e depois de dois "Príncipe de Gales" cochilei como bebê e fizemos nosso passeio by night.

Curiosidades:

1) Happy hour de Paris Vale a pena! Drinks pela metade do preço! Com champagne, 4 euros. UHU!

2) De noite faz menos frio que de dia. Sério. Enquanto de dia eu saía com camiseta, blusa de lã e casaco, à noite saí só de camiseta e o casaco. Incrivelmente agradável.

3) Franceses não tem o hábito de fazer social em bar e bistrô. É sério!! Eles não sentam como a gente em galera pra beber a perder a hora. Eles vão, bebem em drink e vão embora! Fiquei chocada no início quando pedia uma bebida e o garçon trazia e logo em seguida a conta num copinho ou pratinho, parecia que estavam nos expulsando!

O garçon do bistrô perto da nossa "casa" muquifenta explicou que era costume lá e explicamos o costume brasileiro e abrasileiramos o gringo: quando chegávamos já apontava a mesa e já perguntava o que queríamos e quando terminávamos já vinha "une autre"?

Isso é que é serviço, o resto... :)

Paris! Ah Paris!

Da mesma forma que deixamos a jujuba vermelha para comer no fim, fiz o mesmo, com Paris, essa foi minha jujuba vermelha. Ou seria, pois Barcelona atravessou minha vida e depois Munique, mas são oooutras histórias.

No fatídico 29/04/2008, às 11 da manhã, eu, Dani e minha mala sem alça (literalmente) embarcamos para a próxima aventura, Paris! Pegamos um taxi em Brugges e fomos para a estação de trem.

Primeiramente, vamos derrubar um mito: táxi não é a coisa mais cara do mundo, JURO. Exceto se você for até o aeroporto, mas até as estações de trem, pagamos de 5 a 11 euros numa corrida, com direito à cobrança por volumes extras (em algumas cidades o taxi cibra de 0,50 a 1,00 euro por volume na mala) e aí fica a dica: mochilas e bolsas medianas LEVEM NO CARRO pois tudo o que vai na mala é tarifado.

Mas enfim, a 4ª intervenção de Murphy, mas nessa nos saímos bem: o trem de Brugges a Paris faz conexão em Lille, onde vc troca de trem e pega um TGV até Paris e tem 30 minutos para isso. Seria PINTO se... o outro trem fosse em OUTRA ESTAÇÃO de trem e você não estivesse com uma mala sem alça! Nunca corri TANTO na minha vida, chegamos lá faltando minutinhos para o embarque (os trens e metrôs são pontualíssimos lá fora).

Após quase infartarmos na corrida e feito nossa musculação básicas, encaramos o TGV e 40 minutos depois, Paris!

Chegando na gare, Dani estava em pânico e cuidadosa além do necessário pois um rapaz brasileiro que conhecemos em Brugges nos falou a triste história de sua chegada em Paris, quando um mendigo levou a mala dele com tudo dentro, saímos cautelosas e pegamos nosso taxi.

Primeira coisa: sim, é para ter cuidado como em qualquer outro lugar DO MUNDO. As gares de Paris são lotadas, muita gente circulando, mas muito policiamento ostensivo. É claro que um olho na mala e outro na multidão sempre e qualquer um desconfiaria de quem pede um trocado pra ajudar a levar a mala, é proibido isso lá.

Pegamos o taxi e fomos para o nosso Albergue, ou melhor "petit(tit) hotel", localizado no Marais (3eme arrondissement), a última opção que tivemos pelo tempo que demoramos para fazer reservas e lá chegamos... crise de risos pra não chorar. Sabe aquelas pensões com placa de hotel na Rua Mem de Sá? Pois é... EXATAMENTE. Só que com banheiros no corredor e lá fomos cumprir nosso destino.

Fomos recepcionada de forma não calorosa pelo Sr. Sylvain, um Chinês ou Coreano, que seja, dono da hospedagem, coisas de mundo globalizado, que nos apresentou o quarto: um duplo com chuveiro... LITERALMENTE chuveiro dentro.

Não, não havia um cômodo à parte e sim um box de chuveiro PLANTADO dentro do quarto e um cano de água vindo da parede para alimentá-lo, a coisa mais BIZARRA que vi em toda minha viagem!

Superado o espanto pelo box, passamos a observar o conjunto da obra: um quarto antigo, com papel de parede cafona, estampado, cortinas mais cafonas ainda, estampadas, móveis velhos e o box bizarro e a pia ao lado, também bizarra.

Sentamos na cama e começamos a rir, de soluçãr, copiosamente por MINUTOS. :))

Passada a crise, trocamos de roupa e fomos dar um rolé para conhecer a vizinhança, fomos ao mercado e fizemos nossas primeiras compras BÁSICAS em Paris: Água Mineral, Pão preto, querio BRIEEE, geléia de damasco e vinho e mais vinho. Pobre é foda. :))

Advinha qual foi o café da manhã diário e o lanche da noite? Foto please.

Compras em geral, se você for ficar em Paris vários dias, recomendo o MONOPRIX, uma rede de supermercados que tem de tudo, inclusive roupas, coisas de casa e um ARSENAL de coisinhas de farmácia que eu e minha amiga Dani compramos alcinadamente. Eu paricularmente recomendo os produtos da linha doméstica da Schwarzkopff (acho que é assim), marca que aqui custa os olhos da cara, em especial a máscara gloss para os cabelos, o defrizante e o lait demélant para retirar o excesso de oleosidade do cabelo sem ressecar as pontas. Dentre outros.

Nesse primeiro dia apenas rodamos a pé, o que estava ao alcance e o primeiro lugar que fomos conhecer foi a Place de Voges, que fica no nosso bairro, o Marrais, famosa pela simetria perfeita. Ali também fica a Maison (casa) de Victor Hugo, um museu, aberto à visitas.

A outra coisa boa é que não só lá como em quase todas as praças e parques públicos tem internet Wi-fii aberta e de graça para todos. Se estiver com seu PDA, Notebook ou Iphone...

Dali descemos, após dar uma volta em todo o Marais, tiramos o dia para conhecer o miolão de Paris: Île de Seine e Île de saint Louis, as duas ilhotas no meio do Sena. Na primeira fica a catedral de Notre Dame, figurão básico de Paris. Na 2º, não há qualquer monumento, mas as lojinhas e os cafés do quai d'Orléans de onde se tem as melhores vistas da Catedral de Notre Dame.

Eu e Dani fizemos uma visita a Notre Dame mas não subimos a torre. Nos jardins, se voce tiver miolo de pão à mão ou biscoito, passarinhos mal acostumados vem buscá-los, o que rende inúmeras belas fotos e "en plus" a alegria da criançada.

Nosso destino em Paris era conhecer os principais arrondissements, os chamados 1º ao 10,º arrondissementes (os mais centrais) e Montmartre, o 15º. E foi assim, que em nossa primeira tarde em Paris, conhecemos 3 bairros em detalhes. Só não dou os números pois, quando programei a viagem, me orientei por por um que vi na internet e meu guia de viagem não informa, além de citar alguns bairros fora do miolo nobre de paris.

Merece a visita. Melhor que isso só se o tempo estivesse melhor.

Em tempo: a primavera na Europa em geral não é como no Brasil. Lembra muito o nosso inverno, frio, muitas vezes chuvoso, tempinho instável. Só ganha os ares a que veio em meados de maio, por isso recomendo sapatos fechados, mas nada de tênis, porque molham, nem botas com salto, pois não são confortáveis. Paris é lugar pra se andar e MUITO. Há muito o que ver.

Ou seja, não há como não levar volume, se vc vai bem nessa épocazinha de transição. Guarda chuvas são benvindos, capas nem tanto. Um certo dia, minha amiga Dani vestiu e tirou a dita cuja uma quantidade louca de vezes. E eu registreiobviamente. rsrsrs

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Brugges

Brugges foi a melhor das surpresas da viagem, após o estresse em Bruxellas. Impossível não se derreter aos encantos desta cidadezinha medieval do norte da Bélgica, "a Veneza do Norte". Ouso dizer, em termos carioquíssimos, "a Penedo Belga" (já explico).

Brugges possui um centro intacto, castelos medievais, com suas torres preservadas, casas antigas, uma verdadeira viagem no tempo. As famosas chocolaterias estão lá, escondidas em cada cantinho discreto.

Fui em várias, provei em todas, comprei saquinhos e mais saquinhos de bombons e trufas a granel dos mais variados tipos e a um preço que dá vontade de mandar a Kopenhagen pro espaço, exceto, talvez, pelo bombom de gianduia deles que deve ter alguma produto viciante...

Mas Brugges é mais que isso é charme PURO, lojas de brinquedos artesanais, de madeira, como os que víamos na nossa infância, ruas de paralepípedos e... SUPER ROMÂNTICA. Demais. Além da conta. É a típica cidade de lua de mel na Bélgica, vive de turismo romântico e pousadas. Para duas solteiras, no início, foi um pouco irritante, mas aos poucos fomos rindo.

Quase todas as hospedagens só tem quartos duplos com cama de... casal. Em vários restaurantes, na porta o cardápio sugere: para dois. E o fatality: 95% dos restaurantes e bistrôs fecham suas portas por volta das 22:00hs.

Dani que não tem o saudável hábito de comer em horas certas resolveu sair comigo em busca de jantar, pois queria comer comida depois das 21:00 e após meia hora rodando, ISSO NUM FINAL DE SEMANA, achamos um restautante onde generosamente fizeram uma macarronada vegetariana, que era o que podia ser facilmente servido àquela hora.

Fora isso, um ou outro pub e o local mais perigoso da cidade: um PUB, que quando achar o nome passo a vocês onde servem mais de 300 tipos de cerveja... algo que não seria visitado numa lua de mel, a não ser pelo folclore.

Ou seja, cidade propícia a casais e para procriação, mas solteiros também se divertem.

Foi lá que vi meu primeiro moinho ao vivo, subo na torre do campanário (e quase morri), os canais mais belo, as ruas mais fofas e a experiência hilária de um almoço a luz de velas em plena luz do dia. :)))

Em Brugges fiquei no Lybeers Travellers Hostel, mas não se engane, é uma legítima pousadinha, charmosa, aconchegante, simples. O salão onde servem o café da manhã é lindo, tem um candelabro maravilhoso, um ambiente super agradável.

Internet "di grátis" e boa, o único problema é você se acostumar com o teclado e windows em holandês, mas depois de uma semana eu não só sabia os comandos como já entendia e traduzia placas e anúncios. Aprendi o básico bem rápido:Bom dia (Goede morgen), Boa tarde (Goede Middag), Boa noite (Goede Nacht), Obrigada (dankt u), sim (ja), não (nr) e dois pelo preço de um (twee voor de prijs van hahaha). Uma verdadeira "personal dutch translator tabajara". :))

E o café da manhã... FARTO e divino! Frios, queijos, manteiga, geléinhas, pães, torradas, bolos caseiros, pães, suco feito na hora, chás maravilhosos... por 25,50 euros a diária num quarto duplo com banheiro. Recomendo FORTEMENTE mas aviso, cuidado com as malas: lá não tem elevadores.

Godiva? hahaha ESQUEÇA! O nome que você procura é LEÔNIDAS. Arrasou com meu coração como o astro do filme 300 e com meu estômago que até hoje não se conforma com nossa separação após 6 meses de relacionamento (sim, eu trouxe 2kg de Leônidas e fui comendo aos pouquinhos ao longo de 6 meses).

Melhor chocolate que comi na minha vida! O chocolate amargo definitivo na minha vida e mais barato que o Godiva. Dica de meu amigo TOM, minhoca da terra. :)

Ah sim e tem ZARA!! A melhor de todas que visitei na Europa. E como abril tem liquidação... comprei o meu casaco favorito que eu AMO! De 120 euros por 39,90 euros...

E vários museus, dentre eles, recomendo o do Chocolate, conta a história dessa iguaria divina e, ao final, tem demonstraçao e degustação do prailine aquele chocolatinho recheado que amamos como o Gullyan. Com direito a comer quantas moedas de chocolate você quiser. Entrada 5 euros.

Minhas dicas:

1) Compre e coma MUITO chocolate, de uma vez só. Como dia minha nutri, e preferivel se fartar uma vez na vida e outra na morte do que comer todo dia.

2) Suba na torre do Campanário, vale a vista e o exercício: certamente queimei MUITAS calorias subindo a mesma.

3) Visite as lojas de souvenirs, são lindas!

4) Alugue uma bike e rode a cidade inteira, saia dela se preciso for.

5) Passeie nos canais

6) Se permita deitar em algum gramado, sentar num banco de praça e simplesmente admirar.

7) Você tem o DEVER de sentar em uma daquelas lojinhas de waffle, pedir um com um expresso e simplesmente olhar a rua, ou tomar um chá da tarde na varanda do Café ou Bistrô.

8) Se você bebe cerveja, se informe sobre a tal taverna e vá. Da próxma vez eu vou e beberei uma, mesmo não gostando, pelo folclore.

As fotos falarão por mim.

Vale a pena ver de novo, quero voltar um dia lá, com namorado, sozinha ou com amiga. Fica a menos de 1 hora de trem da Bruxellas, talvez uns 40 minutos de carro, caso você queria simplesmente passar o dia. Se você estiver em Paris, de trem é pouco mais de uma hora, contando a conexão em Lille (não tem direto).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Bruxellas

Próximo destino, Bélgica.

A Bélgica é um país curioso. Também alvo de piadas por parte dos franceses assim como os portugueses sofrem conosco, a Bélgica sempre chamou a atenção pelas duas línguas nativas, o francês e o flamenco, uma variação do Dutch (holandês).

Lá chegando primeira coisa que aprendo é que cidades do sul falam francês e as do norte é que falam flamenco e as pessoas não se misturam, rivalidade resumida pelo meu amigo Tom, belga legítimo da coluna do meio (já explico): a Bélgica foi criada para separar separar França e Holanda que viviam em guerra. Simples?

Parece razoável já que se olharmos as pessoas nas diferentes cidades notamos que nas cidades ao norte temos pessoas mais altas, bem claras e com olhos claros e cabelos louros ou claros como os holandeses e ao sul, morenos como os franceses.

Mas como se não bastasse esta salada de línguas, ainda há uma pequena região de colonização alemã, onde se falam as 3 línguas, daí a coluna do meio. meu amigo além das 3, fala inglês fluentemente (foi assim que nos conhecemos em 1996 na saudosa FIDONET tem boas noções de espanhol e está aprendendo mandarin, já que sua esposa é chinesa. Coisas de mundo globalizado.

Só em lugares como a bélgica você vê placas em duas, três, às vezes quatro línguas, aí incluído o inglês, lugar mais eclético impossível. E em todos os lugares fala-se inglês ou seja, se vc respira, vc se comunica.

Ainda no esquema de usar o bilhete a qualquer hora, pegamos um trem mais cedo e chegamos por volta das 18:00, dia claro em Bruxellas ainda. E foi nesse fatídico dia que Murphy testou minha fé e meu nervos de aço.

Segundo a informação do Hostel, pertinho da estação de trem pegaríamos um bus e em 5 minutos estaríamos lá. Perdidas, ao invés de fazer o óbvio - pegar logo um taxi - conseguimos um mapa e tentávamos sem sucesso nos achar quando aconteceu: atravessando uma das ruas do NADA ouvimos *PLEC* e minha mala estendida no chão e meus olhos idem. No meio da rua, Dani leva as mãos á cabeça.

Recapitulando: Bruxellas, 18:30, não existe shopping, lojas normais não abrem fim de semana. Compreendem meu desastre?

Arrastei a mala até conseguirmos achar o metrô, de lá fomos para o hostel depois de duas horas em crise, chorando e tentando descobrir se era possível despachar a mala sem alça desacompanhada dentro da minha franquia enquanto Dani bebia cervejas, fomos dormir, porque turismo só no dia seguinte.

Acordamos e ante meu desânimo e o stress do dia anterior, fomos salvas pelo turismo mais tosco que pode existeir: os ônibus de sightseeing: vc compra um passe, tem vários deles circulando pela cidade e vc sobe e desde livremente nos pontos turísticos. Esse ônibus salvou Bruxellas!

O passe custava 14 euros, mas dizendo que era estudante eles faziam por 12 (eu não perguntei, eles perguntaram e eu fiquei quietinha) e ia em todos os lugares e valia por 48 horas!

Vários monumentos vimos de dentro do ônibus, mas descemos e recomendamos visitar a Catedral Saint Michel, O Atomium (pague para subir, não faça economia porca), a mini-Europa ao lado do atomium (só 12 euros, vá), dentre outros.

Fomos numa das praças centrais e ali rodamos muito, vimos o famoso Manekim Piss - de onde os botafoguenses copiaram o Manequinho, um boneco mínimo por sinal. Mas circular pelo centro é incrpivel, os milhares de bares, cafés, bistrôs.

Compramos MUITO chocolate, caixas de Gullyan com 20 chocolates a 5 euros em promoção, dentre outros. Dani tomou todas as cervejas, até eu provei uma, com chocolate.

Vale a pena voltar e ver de novo. Uns dois dias pelo menos, com calma. E sem mala quebrada.


Perdoem o post capenga, mas foi um dia crítico na viagem. Depois eu me recuperei, e arrastei a mala até o Brasil...

Rotterdã

Rotterdã atravessou meu destino por obra de Dani, quando conciliávamos nossos roteiros. Cidade arrasada na guerra, é a prova viva de que não se deve deixar nada nas mãos de arquitetos sem a devida instrução. A cidade foi reconstruída e eles *viajaram* literalmente.

Edifícios modernos e funcionais, muita coisa de ponta, outros apenas extensão do ego de arquitetos com gosto muito duvidoso. Dani é arquiteta e acho que isso explica a vocês o porquê de nossa incursão nessa louca cidade.

Amsterdã-Rotterdã foi minha primeira viagem de trem e *uau* internacional! Foi nela que descobrimos que os bilhetes valiam pela
viagem em si e não pela hora, logo como chegamos absurdamente *cedo* por conta do pavor de Dani de perdermos o trem, tão logo tivemos a notícia corremos como LOUCAS para pegar o próximo trem que partia em *três minutos* e conseguimos!



Em Rotterdã optamos por um hostel da rede Stayokay novamente, igualmente bom, exceto por não haver elevador (as malas estavam pesando), mas de resto, razoavelmente bem localizado e um café da manhã muito bom, embora não chegasse aos pés do de Amsterdã. E curiosamente lá encontramos muitos executivos hospedados, talvez algum congresso.




Como só tínhamos uma manhã, catamos quantos voucheres de desconto pudemos e partimos. Optamos por comprar no hostel um passeio no Speedoboat, pelo rio (canal) e dali faríamos o restante da programação: visitar as casas cubo (2ª e 3ª foto), um conjunto habitacional bem diferente e ver os principais prédios e obras arquitetônicas de Rotterdã, dentre elas, o Euromast, uma torre giratória, a mais alta da Holanda e a ponte chamada Swan realmente uma das mais lindas que já vi, aí do lado.

Um dia corrido, agradável, por sorte ensolarado, praticamente sem compras, mas vimos tudo o que tínhamos direito, afinal, a cidade não é turística e aparentemente nem night tem. Ufa.

Valeu pela curiosidade apenas, não voltaria. Um dia bastou.

Amsterdã

Finda a mini-odisséia no sul da França, despedi-me da minha amiga, do marido dela e do Théo, fui para o aeroporto para me encontrar com Dani em Amsterdã.

A mala que saiu daqui do Brasil com 18KG pisou na esteira do Aeroporto de Nice com modestos 22,5kg... a tal importância da mala menor e com o mínimo indispensável.

Enfim, embarquei num avião normal, mas por dentro... a decoração mais pitoresca do mundo. Ladies and gentleman I present you... TRANSAVIA! Com uniforme azul turquesa, verde limão e outras tonalidades de azul, definitivamente a frota mais exótica que já vi. :))

Vôo tranquilo, cheguei em Schippol no horário e lá estava minha amiga Dani me esperando, quase tendo surto de tanto rir ao ver a minha mala, essa aí do lado que eu estou arrastando, ainda com a alça, antes da terceira intervenção de Murphy na minha viagem.

Enfim, ainda com medo e prestes a encarar meu primeiro albergue e sozinha, pois Dani estava de visita na casa de uma amiga, deixei a mala lá e levei apenas uma bolsa de mão com minha necessaire, algumas roupas e partir para o meu destino, o albergue STAYOKAY localizado no Voldenpark.

Essa rede de albergues pode se encontrada em várias cidades da Holanda e segue um padrão. O de Amsterdã é certamente o melhor, sendo o localizado no Voldenpark o melhor deles, pois é numa região bem central (o outro fica no Red Light District, que fica meio pesado à noite).

Esse aí foi show, apesar de não ter quartos privativos, apenas dormitórios (masculinos e femininos), tinha elevador, um café da manhã DIVINO e farto, quartos impecavelmente limpos e um preço honesto (32,50 euros por noite, 30,00 euros se vc for membro do Hi Hostels - sim, vale a pena pagar). Além do fato de ser perto de tudo.

Devidamente acomodada, fui dar o primeiro rolé com Dani e a primeira coisa que se repara é a profusão e a confusão de bicicletas, nunca vi TANTAS. Elas estão por todos os lados, todos pedalam, adultos, jovens, velhos, crianças, executivos. Mães com bebês. Na fotinho aí do lado vocês podem ter uma *leve* noção da quantidade delas. Sem contar os trams (bondes elétricos) e carros que passam alucinadamente por você.

Mesmo com o tempo ruim, Amsterdã é única: não me cansei de andar entre os canais, cada canal era uma foto, além dos prédios antigos, museus e muito mais que veríamos no dia seguinte: a primeira tarde foi apenas um reconhecimento do terreno.

O que mais me fez rir e entender certas piadas que se fazem com os Holandeses foi ao ver os prédios de perto: vários deles você notas desníveis muito evidentes na fachada, alguns mesmo com *remendos* (isso mesmo), uma coisa bem tosca e providencial que foi deixada para fazer história. Talvez daí venha a (má) fama que eles tem em alguns países da europa de serem mãos de vaca e relaxado, fazendo as coisas de qualquer jeito (vi várias referências, inclusive naquelas camisetas gozadoras, na Bélgica (lado francês, óbvio) e na França.

Uma curiosidade: Amsterdã é uma cidade que está *abaixo* do nível do mar, e esse aumento de território se deu através do sistema de represas e comportas, daí o sistema de canais que faz a fama da cidade. Existem passeios de barcos diversos pela cidade e há canais por todas as partes. Em dias mais ensolarados acredito que seja LINDO.

Ainda nesse primeiro dia, fiz minha primeira incursão ao mundo do Burger King e conheci de perto a famosa fama dos Holandeses: ketchup e mostarda são pagos à parte! Fora isso, fomos nas ruelas com lojas de souvenirs, onde vios alguns bem, digamos, exóticos, itens dignos de sex shop expostos ao lado de bichinhos de pelúcia, inocentes imãs de geladeiras e com crianças por toda parte.

Aliás, falando em crianças, está havendo um baby boom na europa e comecei a reparar isso na Holanda: casais e mais casais com bebês gêmeos, não semelhantes. Pela quantidade absurda, imagino que inseminação artificial deve estar sendo subsidiada por lá.

No segundo dia, reservamos para conhecer os museus e os escolhidos foram a Casa de Anne Frank, o Rijksmuseum (algo tipo o museu histórico da Holanda e da família real de Orange) e o Museu de Van Gogh. Com preços variando entre 7,50 e 10,00 euros, eram as melhores pedidas. Mas, se você passará três ou mais dias em Amsterdã, recomendo fortemente fazer o Iamsterdam card.

Não é barato, custa 33, 43 ou 53 euros (24, 48 ou 72 horas), mas bem planejado, vale CADA centavo. Esse cartão, que começa a valer da ativação, dá ingresso livre a TODOS os museus de Amsterdã (exceto a casa de Anne Frank) e dá direito a utilizar toda a rede de transportes públicos gratuitamente: trams e ônibus, exceto os trens intermunicipais e o traslado do aeroporto de Schippol para o centro.

Se tivéssemos comprado o card de 48 horas, teria sido jogo, pois nesse curto intervalo gastamos 20 euros de museu e mais de 20 euros em trams (cada um custava 2,40 a 3,60) e poderíamos ter ido visitar outros museus pitorescos, além dos inúmeros descontos em restaurantes e lanchonetes. Se vc planejar bem o dia, vale a pena.



Outro lugar inesquecível para se ir é Keukenhof - o famoso parque das tulips, aberto na primavera. Tivemos sorte de pegar aberto e florido, pra ser perfeito, só faltou estar ensolarado.

Um passeio super em conta, por 19 euros você comprava o bilhete com direito ao transporte (dois ônibus que somam quase 1 hora de viagem a ida e mais outra a volta) e o ingresso do parque (avulso por 13 euros). É lindo, lindo, lindo!

E lá, pela segunda vez o senhor Murphy me pegou. Você pode carregar sua máquina o quanto quiser mas a bateria tem limite de fotos e a minha são 300 fotos. Acabou antes mesmo de chegarmos ao mosaico e à estufa divina. 5 horas perambulando e creio que não vimos metade do parque, mas o que vimos não sai de nossa cabeça e de nosso corações. Acredito que essa singela foto ao lado diz tudo.

Não deixe de ir ao Red Light District - é turístico - e as prostitutas se expõe em plena luz do dia. A grande maioria evidentemente não é de lá e as que são fazem qualquer mediana se sentir uma princesa ou Miss Universo. São feias, mal cuidadas e bizarras. Um show de Horrores.

Mas as Holandesas no geral não são feias nem largadas, não. Na média são mulheres normais a belas, elengantérrimas, bem vestidas, sempre impecávelmente maquiadas com estilo e sem exageros grosseiros, mesmo as adolescentes e muito simpáticas, pedi informações e instruções, (tirando as grunges, metidas a estilosas e árabes) e foram sempre muito solícitas. Uma delas, aliás, que me resgatou no meio do Valdenpark no dia que resolvi fazer um passeio sozinha enquanto dani dormia (é gigantesco) era a reencarnação de Elle Woods (Legalmente Loira) e quando veio me socorrer seu pincher chamado *Baby* colocou a cabecinha para fora de sua bolsa tipo malinha Loius Vuitton. Básica.

Enfim, as moças mais bonitas que vi na Europa. Já os homens não posso fazer muito comentários, afinal, branquelos, loiros, magros demais, não fazem meu estilo. Mas sempre educadérrimos, verdadeiros lords.

O mercado das flores é bem turístico e conhecido, mas cuidado com o conto das tulipas:

1) Não pode trazer pro Brasil e eles dizem que pode. É planta.

2) Tem que plantar na primavera e dar mais água do que eles recomendam pois lá é mais frio do que aqui.

3) Demoram um ano para florescer... :-(

Os coffeshops existem e o consumo de maconha é permitido neles, vendem os cigarrinhos com o café chega a ser mimoso. Vi apenas pela vitrine pois, além de não ser a minha, sou extremamente alérgica a tod e qualquer fumo.

Fora isso, existem pirulitos de maconha, imãs de geladeira de maconha e tudo mais para você dizer haha eu fui na Holanda. Eu preferi o imã com um moinho e outro com uma das fachadas do Red Light e suas respectivas trabalhadoras.

Por fim, minha última dica é o que eu gostaria de ter feito mas não fiz... pegar o Dia da Rainha.

É comemorado todo dia 30 de abril (eu cheguei dia 23 e dia 26 parti para Rotterdã), é feriado, há desfile da família real pelas ruas e todos se vestem de laranja. Um verdadeiro carnaval á Holandesa.

O Voldenpark merece uma caminhada numa manhã preguiçosa.

Visite um das Begijnhof, atrás da praça Spui. São áreas em comum que alguns prédios antigos possuíam nos fundos de suas casa, escondidas, algumas com pequenos jardins e igrejinhas muito disputadas para casamentos pelas obras de arte.

E não deixe de ir ao Daam Square e dar uma volta calma, observando.

As opções de alimentação não são variadas, há muito doce e batata frita e o risco de vc voltar mais pesadinho é enorme, por isso, na dúvida, vá de bike, existem vários lugares para alugar. Esse aliás, deve ser o segredo deles, sempre tão elegantes, mesmo comendo muita besteira e bebendo muito.

Amsterdã merece 5 estrelinhas, Vale a pena ver de novo, uma semana não é muito tempo para ficar na cidade, curtir e visitar as cidades próximas, no esquema de bate e volta.






Mônaco

O principado de Mônaco é mínimo, um ovo, dá pra conhecer todo a pé e vale a pena. É limpo, seguro, bonito e fica a cerca de meia hora de Nice, de trem.

Famoso pela família real que volta e meia faz bonito nos tablóides com seus escândalos e príncipes e princesas nada convencionais e pelo charme e pela famosa Corrida de Fórmula 1 pelas ruas da cidade, é um lugar que não se deve deixar de visitar.

Programei um dia inteiro para a visita e fui sozinha, pois minha amiga Fá teve uns problemas a resolver e fui disposta a conhecer o roteiro básico: palácio, as ruas charmosas e o meu alvo principal: o Museu Oceanográfico de Mônaco e seu incrível aquário. E foi aí que aconteceu meu dia de Murphy na viagem, pois alguma coisa TEM QUE dar errado. E comecei o dia justo por onde ia dar tudo errado.

Fui caminhando pelas ruas, tomei meu (2º) café da manhã enquanto admirava tudo e fui caminhando pela avenida onde já estava tudo pronto para a largada do grande prênio de Fórmula 1 de Mônaco, essa fotinha aí do lado. Sim, o ordinário peugeot 307 branco foi proposital pois meu irmão tem uma velharia dessas aí e não larga de jeito algum, mesmo com os problemas que a idade lhe traz.

Subi as escadarias laterais que levam ao topo de um monte onde ficava meu destino, o famoso museu. Chegando lá, muitas fotos da mais tradicional vista de Mônaco, dentre outras... e fui chegando ao museu.

Criado pelo Príncipe Albert I de Mônaco, um grande apaixonado e estudioso de oceanografia, o museu conta com um acervo incrível sobre a vida marinho em seus dois magníficos andares, além de exposições itinerantes, a última delas, que estava lá quando visitei o museu era um sobre o aquecimento global e o respectivo impacto na vida marinha, especialmente na fauna habitante dos pólos, painéis e vídeos muito interessantes, além de um cronograma falando sobe como os estudos da Antártida e da Antártica revelam segredos sobre a idade da terra e a saúde do planeta.

Findo este maravilhoso "courvert", dirigi-me ao prato principal: o aquário do museu que povo meu imaginário há anos e que fica no subsolo. Chegando lá obviamente PIREI e fiquei encantada com os inúmeros peixes, pequenos tubarões, moluscos e crustáceos de todas as cores, formas e tamanhos. Obviamente me emocionei e lágrimas rolaram quando me vi de cara a cara com o aquário dos peixes palhaços, também conhecido como "NEMO" por causa do desenho da Disney. Essa foto aí do lado que tirei coladinha no vidro. E logo depois começou a desgraça do meu dia: bateria fraca!

Resolvi passar ao aquário com peixes mais raros e foi aí que veio o ápice: a moréia zebrada! Normalmente reclusa e entocada no coral justamente na minha frente ela começava a sair da toca. Suei frio, me controlei, mas não deu, todos repararam e começaram a sacar seus flashs idiotas em cima da bichinha (idiota mesmo, pois o flash reflete e a iluminação natural servia). Abri minha máquina e ela não ligou.

Ela me olhou nos meus olhos e tenho certeza que pensou: bem feito!!!

E para minha surpresa e alegria da turba ela veio, sorrateira, SAIU completamente do coral, expondo todo o seu corpo, chegou até o vidro e bateu violentamente com a cabeça nele!! Várias vezes para o delírio de quem TINHA uma máquina com bateria.

Saí dali arrasada, dei mais uma volta no museu e me fui me embora... desolada... dei mais uma volta na cidade, passei pelo palácio, mas não tenho imagens para mostrar. Ainda perambulei pela sruas e acabei voltando mais cedo.

Nesse dia fui vencida por Murphy e ficou a primeira lição: ponha pra recarregar as baterias todos os dias de noite. Ainda assim, Mônaco é inesquecível e vale outra visita.

Côte D´azur

Na minha primeira viagem realmente internacional (Argentina não conta), comecei pelo lado chique, voando direto para o sul da França, onde encontraria minha amiga Fá, meu destino pelos primeiros 5 dias de viagem.

Após uma tranquila viagem (ainda mais depois de vinho no jantar e vários champagnes com Haagen Daaz) cheguei a Paris e dali direto para Nice onde nos encontramos.

Não muito comum na rota dos mochileiros, ainda mais na baixa estação, ainda assim é um lugar a ser visitado.

Eu fiquei em Juan les Pins-Antibes que fica a meia hora de Nice e dali fui visitando as redondezas: Nice, Cannes e Mônaco.

Nice: Charmosa, vale a pena se perder nas ruas, dar belas voltas, tomar um café, fazer várias compritchas. Muitas lojinhas baratas para comprar não só lembrancinhas como coisas do dia a dia. As famosas pashminas estão lá, 6 euros, 5 euros se você comprar em uma quantidade maior, dando uma chorada básica.

Conheci apenas o básico mesmo pois só passei uma tarde. Não deixar de ver a praça principal, onde tem também grandes lojas como a famosa Sephora, dentre outras e o lado chamado Velho Nice (Vielleux Nice), com prédios mais antigos, históricos e, se não falha a memória, uma feira de... antiguidades.

Cannes: coladinho ali do lado, cidade pequena, urbana, tranquila, tem seu charme, mas o maior atrativo mesmo, na curta tarde que passei ali é o teatro onde acontece o festival de Cannes, onde Fá desfilou com seu pomposo Dolce&Gabbana logo após trocar o Brasil pela chiquerérrima vida européia. Eu não tenho nada de chique, mas tirei fotos na escadaria e o glorioso tapetão vermelho estava lá!

Mônaco: merece um Capítulo a parte.

Mas o sul da França tem muitas outras coisas a se ver. Ao que me lembro, do folder de horários dos trens, haviam duas paradas que muito me interessaram e que se um dia eu voltar, quero conhecer. Uma delas é Grasse, uma cidadezinha famosa pelas perfumarias que oferecem tour contando a história do perfume e demonstrando todo o processo de fabricação de uma fragância e, ao final, você monta sua fragrância personalizada e leva um vidro de perfume da mesma!

É dessa cidade e de suas perfumarias que saem todas as essência dos mais famosos perfumes franceses: Chanel, Dio, Givenchy, e de alguns fora da Europa também.

Outra que me interessava mas cujo nome não lembro agora, tinha como atrativo uma vila típica grega, com construções nos mesmos moldes arquitetônicos.

Fora isso, o Cap d´Antibes, colado na localidade onde minha amiga mora é o local de veraneio dos famosos: maddona, Elton John, todos eles tem ou já tiveram casa lá. As praias são charmosas, o visual é divino mas olhando a areia cheia de pedras e imaginando a temperatura da água a primeira coisa que penso é: que saudades da areia branca e fina de Cabo Frio...

Bons restaurantes, principalmente de frutos do mar, para quem curte. Como eu sou fresca e prefiro ver peixinhos e moluscos nadando felizes no fundo do mar, fui a restaurantes normais, lanchonetes, e um Italiano.

Meu primeiro contato com uma legítima boulangerie (padaria), com aquelas vitrines com doces que parecem de mentira, eu e Théo, as 7:30 da manhã. Não sabia quem estava sendo mais criança!

Da praia se vê os Alpes cheinhos de neve... fiquei louca pra ir, Fá prometeu mas no fatídico choveu, e neve com chuva não é bom, então, tivemos que abortar a ida...

Vale a visita e da próxima vez, além de Grasse e a tal cidade grega, Saint Tropez.

E ver minha amiga Fá! E Théo um moleque que eu amo!! L´enfant terrible! :)

Partindo pra Europa, mas antes...

Mala, mochila, o que seja, organizar é essencial. Não se iluda, você VAI comprar, vc não vai resisitir, ainda mais se você é mulher. Por mais pão dura que seja isso é FATO.

Como eu fui teoricamente na primavera, parte das dicas não se aplicam a muitos, mas desde já recomendo: as meias estações são as melhores épocas para se viajar. Esqueça o verão pois lá é um FORNO, não se iluda achando que vive no Brasil e aguenta. Fora o que fica tudo lotado, cheio de gente, tudo é mais caro e muvucado.

Abril, maio, outubro e novembro você tem temperaturas amenas, dias tranquilos e o melhor, LIQUIDAÇÕES! Preços mais em conta para tudo, estadias mais baratas, passeios mais baratos.

A primavera abril/maio tem o plus dos longos dias iluminados: qual não foi meu encanto ao descobrir que na Europa o sol se põe mais tarde e os dias ficam claros até as 21:00, 22:00???

Mas voltando à vaca fria, ou melhor, a MALA.

Ela é a peça fundamental para sua viagem dar certo e se vc visitará mais de 3 cidades, vc arrastará-la por muitas vezes e a Europa nem sempre é civilizada: não há elevadores em todas as estações de trem, nem escadas rolantes, nem pessoas bem intencionadas querendo te ajudar a carregar a mala. Todo cuidado é pouco.

Enquanto aqui no Brasil as pessoas são amáveis em ônibus e seguram suas bolsas e mochilas, cedem o lugar e ajudam com peso, lá todo mundo está sempre mal encarado e muitas vezes quem oferece ajuda quer roubar você. Soube de casos de roubos em Amsterdã, no ônibus ou no trêm de traslado do Aeroporto até o centro e vários em Paris, principalmente nas Gares du Nord e Austerlitz. Portanto, olho vivo na mala sempre. E olha que tem MUITA segurança ostensiva lá.

Mas voltando à mala, nada de vaidade. Nada de querer desfilar um modelito por dia, isso é ridículo, fútil, enche sua mala e tira espaço pra coisas novas.

Eu fui bem esforçada mas cheguei à conclusão de que pode-se sempre mais e a primeira dica é: leve metade das roupas que vc usaria ou um pouco menos. Se vc vai numa época fresca ainda friazinha você não transpira tanto, logo, pode repetir uma blusa.

Primavera você pega temperaturas que podem variar de 6º a 22º mais ou menos, foi o que passei por lá no período de 19/04 a 11/05.

Leve dois casacos: um mais esportivo e um para sair, se vc pretende ir a um lugar melhorizinho. Isso basta e mais que isso é exagero. Se vc levar casacos BONS, dos pesados, quando ficar fresco você terá que ter um casaquinho mais leve. Ou você pode levar casacos que não são pra um frio tão pesado e blusas mais grossas, de lã, para por embaixo do casado e por cima da camiseta.

Blusas de lã, umas 3 ou 4 caso está de ótimo tamanho, são 8 combinações com os casacos, se vc levar cachecóis então ou pashminas... :)

Blusas para vestir por baixo, leve menos que a metade dos dias que você vai ficar. Não vão sujar e vc não transpira tanto. Mas se vc transpira ou é homem... leve um pouco a mais.

Da minha experiência: levei17 blusas pros 25 dias. Conte nas minhas fotos, usei apenas 10 ou 11 e as que mais usei não aparecem, são de malha fria, que eu usava por baixo das blusas de lã. Algumas usei duas ou três vezes sem problemas.

Mas se vc vai pegar maio ou junho, leve blusas frescas, camisetinhas, pois depois que o sol abre... o dia é lindo e as fotos divinas!

Jeans: recomendo apenas dois você sempre pode lavar. Se não quer ter o trabalho, 1 por semana tá de bom tamanho. Não se esqueça que eles ocupam MUITO espaço na mala e pesam.

E nada de levar as calças cocotas e coladinhas. Se vc vai pegar frio, incha-se sempre um pouco e todo mundo engorda não tem jeito. Opte pelos jeans confortáveis e que estão com uma folguinha básica nos quadris e na cintura.

Pra quem vai em abril, recomendo pelo menos um par de meia-calça de lã ou roupa térmica se você tiver para colocar por baixo. E maio o tempo começa a abrir, faz sol e é fresco, mas não dá pra dispensar o casaco. Eu andava de jeans, blusinhas com manga curta e uma jaqueta de couro.

Bolsa: leve apenas UMA. De preferência a tiracolo, que dê para colocar um pouco mais do que vc precisa e uma garrafinha de água (beba MUITA água ou vc incha e fica com cara de bola nas fotos), mas nada de bolsas megas. Ou uma mochilinha mediana.

Sapatos: esqueça os saltos, sandálias e rasteirinhas. Leve sapatos fechados, confortáveis, preferencialmente do tipo sapatenis ou sapatilhas e de couro. primavera o tempo é imprevisível e às vezes chove todos os dias. Se for de tênis, ficará com os pés encharcados.

Escolher roupas que não precisem passar ou que não amassem muito é óbvio, uma luvinha sempre é bom ter às mãos e um bom óculos de sol. Leve filtro solar também e um hidratante para lábios e rosto nos dias frios.

Secador de cabelos: PEQUENO também é algo interessante para se levar.

Toalhas: você consegue alugar em quase todos o albergues mas nem sempre em todos, por isso, uma dica é comprar uma Hidrotowel, uma toalhinha pequena, de microfibra, superabsorvente que minha amiga Dani levou, amei e comprei quando fui à Argentina.

Tomadas: na europa só tem aquela de dois pinos redondos, não tem os pininhos paralelos, portanto, compre adaptador e LEVE, pois lá foi uma porcaria pra achar. Minha amiga Dani só conseguiu comprar um em Paris, já no final da viagem e depois de muito procurar.

Documentos: Agora a dica mais importante: scanneie seu passaporte, e salve as imagens destes e de TODOS os seus voucheres na inernet, envie um email pra si mesmo e leve cópia no pendrive. Nunca é demais. E tenha uma pastinha para arquivar toda essa tralha sem se perder.

Fotos: Pendrive, aliás, essencial para quem for serial-picture-taker como eu, que clicava de 200 a 300 vezes por dia. Eu comecei com um de 4gb e agora já penso no de 8gb. Cartão de memória extra é fundamental, nunca se esqueça de pilhas e, se sua máquina for de bateria, tente levar uma extra, se puder.

Internet: você encontra em cada esquina, os preços variam, no início via 5 euros a hora mas acabei encontrando bons locais onde se pagava 2 a 3 euros uma hora. E nesses locais eles gravam Cds ou Dvds.

Ligações: Esqueça os cartões telefônicos. Se vai para muitos paises, muitos dizem que funcionam mas não funcionam fora do pais onde vc compra, os minutos que valem nem sempre são o que dizem. Há locutórios em cada esquina, um pouco mais caro mas razoável. Cheguei a pagar 1 euro por dois minutos de ligação pro Brasil, mais que suficiente para dar um alô pros pais. E internet também é meio de comunicação.

Cadeados: É sempe bom ter, quantos forem necessários para lacrar os compartimentos da mala e pelo menos um livre para os lockers onde se guarda mochila e outros pertences mais importantes. TSA é bom pois dizem que eles usam pra abrir sua mala sem arrombar, mas contra isso tem sempre o bom e velho Protect BAG: ninguém vai ser besta de violar aquilo sem a sua presença.

REMÉDIOS: Remédios, de uso contínuo ou não, leve, leve todos daqui! Dor de cabeça, analgésico, antiinflamatório, relaxante muscular, antibiótico o que seja. Lá você não compra NADA em farmácias sem uma prescrição médica. Com a friaca invariavelmente nos primeiros dias vc sente a garganta coçar e muitos, descostumados com o frio sofrem com dores musculares de contração do frio. Eles nem olham mas não é bom exagerar.

E o mais importante: tudo que for de valor, na bolsa de ombro ou mochila que vc usará pra viajar, sempre: celular, máquina fotográfica, filmadora, cartões, dinheiro. E tenha sempre o moneybelt para guardar o passaporte, a maior parte do dinheiro e o cartão que vc não estiver usando.

Dicas dadas, aperte os cintos e vamos viajar. :)

Como não mochilar de mala 4 - Dinheiro? Cartão? VTM!

Aproveitando a manhã pacata em meu trabalho, continuo meu relato.

Na Europa, como bem se sabe, a moeda é o Euro, exceto na Inglaterra, onde a libra continua e em alguns países do leste europeu, que ainda não aderiram à moeda comum.

Como não foi meu caso, o euro seria meu único problema e para esse problema achei a melhor solução e ela se chama VISA TRAVELMONEY.

Você deve estar se perguntando WFPT e eu explico: é a versão eletrônica do antigo travellercheck, lembra deles?

Descobri essa maravilha fuçando a internet e logo me interessou: imagine viajar sem ter que carregar todo o dinheiro consigo, sujeita a assaltos.

Fui no site da VISA e lá obtive a informação de que era um serviço seletivo, poucos bancos credecniados poderiam fornecer o mesmo e, assim, optei por fazer o cadastro diretamente com eles para obter uma indicação segura e alguns dias depois recebi o cartão em minha casa.

É um cartão normal, como um cartão de crédito, alguns com chip, a diferença é que ele é recarregável: você compra os euros na forma de crédito e eles são colocados no cartão e você usa ele normalmente como se fosse um cartão de débito, colocando senha e assinando uma boletinha. Simplesmente GENIAL.

E o melhor de tudo: como vc não está comprando moeda física, a cotação não é feitra em cima do dólar turimso, mas também não é o dólar comercial: é um valor intermediário, mas bem mais em conta do que comprar a moeda aqui e carregar volume.

O VTM não tem anuidade, nem mensalidade, NADA.

Vc liga para os bancos, diz quanto quer de crédito em euros e a única coisa que paga além da moeda é 0,38% de IOF e isso vc resolve por bankline, deposito em caixa e pode comprovar pela internet mesmo. Até msn eles tem para você solicitar novas cotações lá de fora e até mesmo comprar mais moeda.

E uma vez comprado o euro, vc tem EURO. O dólar pode disparar pois o que vc tem é um crédito que não vai desvalorizar, comprou 1000 euros, vc terá 1000 euros.

E você ainda pode sacar! cada saque custa 2,50 euros, as operações de débito são livres de taxa.

Bem melhor que o 1% de encargo + 2,50 dólares cobrados por saque na função crédito ou 2% + 2,50 dólares cobrados na função débito dos cartões da VISA, que ainda ficam sujeitos ao câmbio do dia. Sem contar que a diferença do Euro para crédito no VTM para o Euro em moeda era de mais de 10 centavos.

Perdeu o cartão? Entra no msn, dá seu endereço e em 48 horas o cartão está lá, onde você tiver. E funciona em qualquer caixa ATM da VISA.

E eles tem um site na internet onde vc entra e pode puxar um "extrato" de seu VTM e é muito bom, algumas horas e ele está atualizado. No início eu estranhei, tinha medo, a coisa parecia bizarra mas FUNCIONA.

Eu saí daqui sem UM EURO na carteira e não tive problemas. E voltei com UM EURO. :)

Enfim, essa é minha dica de ouro. Usando o VTM, economizei 222 reais na compra de Euros.

Pedindo, eles mandam os comprovantes de câmbio paravocê e acho legal você levar para comprovar o quanto você está levando de recursos, caso impliquem na imigração. E é sempre bom ter um cartão de crédito em junto, just in case. Em bolsos ou bolsas separadas, claro.

Eu mesma levei o meu e só usei duas vezes: pra pagar um albergue porque lá só aceitava cartão de chip e o meu VTM não era chip e no aeroporto, na volta, pra pagar uma pequena parte das compras no Duty Free.

Quanto a valores, apesar de eles exigirem 56 euros por dia, eu recomendo fortemente, por uma mochilada decente, pelo menos 80 euros por dia.

Diária de albergue com café da manhã varia de 25-30 euros
Uma refeição decente: 15-20 euros
Lanches 5-10 euros

Média: 45 a 60 euros só com o básico.

Fora que você compra água na rua, toma um café, pega ônibus ou trem e lá é caro, cerca de 2 ou 3 euros cada trechinho, um roubo e sempre quer fazer um passeio, visitar um museu (cerca de 10 euros cada um que fui), comprar lembrancinhas, etc, ou seja, 20 euros de plus é mais que suficiente.

Nós fizemos questão de ficar em quartos duplos sempre por uma questão de segurança com nossos pertences mas ainda assim, é 20 euros a menos do que você gastaria num hotel. Numa viagem de 25 dias são 500 euros de economia por cabeça, ou cerca de R$ 1500,00, logo é algo a se pensar.

Além do que sobra dinheiro pra vc comer melhor e passear, afinal, numa viagem dessas, sozinha ou com amigos, vc quer apenas um lugar pra cair e tomar um banho, se possivel com cafe da manhã, ninguém precisa de luxo.

E mesmo com namorado, tem albergues que são na verdade pousadinhas charmosas e elegantes e vale a pena a economia, não deixando nada a dever, só uma lua de mel justificaria algo mais.

Até porque ninguém viaja em lua de mel pra conhecer alguma coisa mesmo... O:)