Perrengues à parte com a Decolar.com para trocar as passagens, tudo deu super certo.
Chegamos pontualmente em Lima e lá estava o transfer para o hotel que contratamos. o Limper BB, próximo do aeroporto, 39 USD a noite. O transfer foi caro, 25 USD para dois trechos de menos de 15 minutos mas é melhor er um motorista de confiança.
Tivemos uma boa noite de sono, apesar de curta. O hotel era muito limpo, as donas atenciosas e ainda matei as saudades da viagem passada ao sermos presenteados na saída com dois bombons da marca Chocoteja, que comprei da outra vez e AMEI.
Pegamos o vôo para Cusco no dia seguinte de manhã, ainda escuro e a visão é incrível. Esse trecho faça questão de viajar na janela.
Meu menino ficou doido não só com a vista mas com a Inka Cola, apesar da resistência inicial:
E chegamos!
Hotel Best Western Los Andes de America (Calle Garcillaso 150)
O hotel do pacote realmente está MUITO acima das acomodações medianas de Cusco. Algo que eu nem fazia tanto questão, mas como disse antes, viajando com criança, todo cuidado é pouco e o staff do hotel era super atencioso, quartos maravilhosos, tudo de bom. Sem contar que ficava a duas quadras da Plaza de Armas (uns poucos minutos a pé) e colada na Plaza de Regocijo, que, aliás, foi um dos pontos onde mais parei pra almoçar e descansar na última viagem com a Amy.
Uma nota interessante: praticamente todos os vôos a cusco são bem cedo e
tem que pernoitar em Lima e todos os vôos de volta também são cedo.
Assim, é comum os hotéis oferecerem EARLY CHECK IN, ou seja, vc pode
entrar antes havendo disponibilidade, o que é comum, já que muitos saem
muito cedo. Então, desnecessário comprar noite extra.
O check-in normal dele, ao contrário da maioria dos hotéis, é as 10:00 da manhã. Assim, chegando as 8 e pouca da manhã eles conseguem fácil o quarto. Basta dizer que na hora de ir embora, saímos as 4:30 da manhã.
Enfim, Mate de Coca!
Restaurante simples onde almoçamos da outra vez, 20 soles o menu executivo.
Plaza de Regocijo.
Descansados, partimos então para o roteiro do dia: almoço, Qorikancha e Plaza de Armas.
Almoçamos no restaurante Roma Mia (Calle Procuradores se não me engano). Italiano, dirigido por italiano, provavelmente casado com uma peruano. Achei caro, bom atendimento, mas como chegamos bem cedo e com fome, a comida não saiu tão boa: massa ainda dura, podia ter cozinhado mais, muita manteiga no carbonara de mais e queijo de menos. Mas não estava ruim. Acho que à noite deve ser melhor. As pizzas dizem ser incríveis.
Dali, fomos a Qorikancha, minha paixão.
Pegando a Avenida El Sol, que termina na Plaza de Armas, são menos de 10 minutos a pé.
Conhecida como o templo do Sol, é uma das poucas construções Incas que foram levadas a cabo (já que várias teriam sido abandonadas antes da conclusão) e o que mais admito nela é a forma como foi construída, a precisão arquitetonica, desde as inclinações das paredes para dar melhor suporte em caso de sismos às janelas perfeitamente alinhadas. Sem mencionar as janelas projetadas especialmente para marcar as estações do ano, equinócios e solstícios de acordo com o sol, daí o nome do templo.
Apesar de não terem conhecido a escrita e outras tecnologias já conhecidas por outros povos, a arquitetura e o conhecimento astronômico dos Incas é definitivamente intrigante.
Este passeio está incluso no City Tour, caso vc tenha tempo de pegá-lo. Eu só não fiz pois o mesmo, além de Qorikancha, vai a 3 sítios históricos (imperdíveis) nas redondezas, mas ainda mais altos que Cuzco e eu não quis arriscar (nem recomendo).
Por conta própria, vc paga a entrada de 10 soles (não incluída no City Tour) e pega um guia lá dentro, se quiser. Eu paguei 15 soles pela guia que não era tão boa quanto a do City Tour, mas valeu pelas histórias pois meu menino ainda não conhecia.
Ali bem perto, acho que na mesma calçada, mais uns 5 minutos a pé tem um centro de artesanato para comprar lembrancinhas. Mais barato que na Plaza de Armas, SEMPRE, mas ainda mais abaixo tem O Centro Oficial de artesanato que confundi com este.
Comprei gorrinhos típicos a 8 soles, canetas de bonequinhas 3 por 5 soles, jogo americano a 3 soles a unidade. Pelos bonequinhos de c abaça, nunca mais de 5 soles. Pra se ter uma idéia, eu vi um presépio e não comprei na hora e depois não tive tempo de voltar. Comprei o mesmo no aeroporto por 18 soles e esse era bem trabalhado. Por isso, corujinhas, cuis e afins, 5 soles.
Se vc gosta de fotografia, camera a postos. É claro que cuidado nunca é demais com uma DSLR, mas Cuzco é um lugar relativamente tranquilo. Vc pode sacar a máquina em qualquer lugar pra fotografar. Mas não custa nada não andar com ela no pescoço o tempo todo.
Cusco é linda, colorida e o que mais gosto de fotografar são as pessoas. Acho incrível a expressão deles, principalmente as crianças e bebes nas costas das mães.
Não se esqueçam porém que lá, por ser um lugar muito pobre, as pessoas pedem pagamento pelas fotos, 1 sole para cada pessoa fotografada está de muito bom tamanho, inclusive crianças. Acho justo pela venda da imagem, já que transitam vestidos com roupas típicas ao longo do dia, muitas vezes com animais no colo.
A Plaza de Armas é a praça central de Cuszo. É onde ocorrem os eventos cívicos, desfiles e, aos domingos, tem uma feira diferente nela, em frente à catedral de Cuzco (que mais uma vez não consegui visitar), além de desfile do exército e coral de alunos. É bem interessante.
Findo o passeio, descansamos mais um pouco no hotel antes do passeio seguinte. Reforço: não façam muito esforço no primeiro dia, evitem correr, pular, vc se cansa muito fácil e dor de cabeça é normal. Dá pra curtir o dia, mas tem que levar na boa. Eu senti os efeitos da altitude até na hora de ir embora pra se ter idéia. Aclimatação mesmo requer vários dias.
Descobri ele no Tripadvisor e achei que seria um programa interessante pra crianças (aí incluindo a minha pessoa). Não é dos programas mais baratos, 50 soles adulto e 30 soles criança, são cerca de duas horas e eles buscam e te deixam na Plaza de Regocijo (do lado do meu hotel por sinal). Vestimos todos os agasalhos possíveis e fomos.
O local so Planetarium, só para constar, está acima de Sacsayhuaman, umas das ruínas mais altas que Cuzco. E quanto mais alto... mais frio.
O planetariu é modesto, familiar e aconchegante. Algumas telas complementam a explicação do Professor Garcez que nos contou vários aspectos da Astronomia Inca e como eles conseguiam prever condições climáticas e planejar a agricultura, o que evitou com que o povo passasse fome.
Eles utilizavam de espelhos de água para observar as estrelas e fenômenos como o El niño, segundo ele, já existia naquelas épocas e atrapalhava a observação das estrelas, diminuindo seu brilho. Quando isso acontecia, os Incas sabiam que era hora de estocar alimentos, o que faziam através dos conhecimentos de desidratação e de conservação por resfriamento, que já dominavam.
Passadas as explicações, fomos para o exterior e observamos com a ajuda dos telescópios a Lua, Júpiter (deu pra ver as faixas e os satélites), Castor e Pólux, dentre outras estrelas. A lua então, estava linda!
E além das estrelas, tivemos a companhia do fofíssimo Gandalf, super aberto a afagos enquanto aguardávamos as outras pessoas aobservarem as estrelas.
Fechamos a noite no Starbucks, pois já estávamos esgotados, com direito a Expresso, Frapuccino de Mocha Branco para Orlandinho, um sanduíche delicioso de peito de peru com queijo e cookie! E antes que eu me esqueça: o melhor wifi de Cuzco: ligações perfeitas para o Brasil. Fica bem na Plaza de Armas.
Dali, casa, pois no dia seguinte tinha o passeio ao Vale Sagrado.
