Saí de Verona com a sensação de um dever cumprido, nada ficando a desejar.
Aquele unico diazinho bastou para sentir os ares, vale a pena ver, mas não vale uma voltinha.
Fui para a estação de trem e peguei meu próximo destino, para Florença! Com direito a conexão em Bologna para troca de trens e, por óbvio, para apreciação de um panino de bolognela típica, aprovadíssimo! rsrsrs
Chegando em Florença na hora aprazada, fui direto ao guichê de turismo. Aliás, coisa boa pra avisar, TODAS as estaçõpes de trens de cidades razoavelmente grandes tem um escritóriozinho de turismo onde fornecem instruções, mapas ou, pelo menos, vendem, e, por um módico euro, comprei o meu.
Em Florença, confesso, cometi um pequenino erro de logística: escolhi um albergue relativamente longe do centro.
O albergue da juventude fica num bairro extremamente agradável, numa mansão majestosa e bela, com estátuas, amplas salas e muito conforto, quase um pequeno castelo. Só que como toda mansão... uma looonga pista com ladeira até lá.
E sim, eu de mala. E dentro dela uma colcha de cama comprada no marché de San Remo. E uma mochila nas costas. Bem chega de auto-piedade não é?
Por sorte logo no início da ladeira consegui carona para subir e ajuda para levar a mala até o quarto. Tirando esse fato e a pequena distãncia da cidade, RECOMENDO!
Um bom café da manhã, gente simpática e prestativa (consegui um expresso quádruplo), camas legais, banheiro amplo, sem filas, calefação eficiente.Larguei as malas, tomei uma chuveirada e caí na vida.
DICA: aqui como em todos os lugares na Itália ou vc compra o bilhete adiantado ou paga mais caro nos ônibus. E alguns ônibus vc só paga com maquininha de dinheiro certo, sem troco (quando diz NÃO DÁ RESTO significa que a máquina não dá troco).
Chegando ao ponto final a primeira parada obrigatória é a Catedral de Santa Maria della Fiore, definitivamente a maior que vi e muito diferente também, seja pelas cores, pelos desenhos, pelos detalhes, linda, por dentro e por fora.
Mas, como as demais igrejas européias, ostensiva por fora, vazia por dentro. Da imponente religião católica só restou mesmo os templos pois os fiéis... não vi uma missa cheia em lugar algum.
A entrada é franca, paga-se somente para subir o Domo ou a torre da Igreja. Eu optei pelo Domo e acho que foi a melhor opção.
Primeiro porque do domo você pode ver melhor a pintura dele (magnífica e assustadora) e definitivamente a melhor vista de Florença. Só chegando lá em cima vc repara que a torre é menor, ou ao menos parece.
Mas aviso logo. São MUITOS degraus e em certos pontos a escada é vertiginosa e estreitinha. Não é fácil e não suba se não tiver pique.
Dali fui dar aquela perdida clássica pela cidade, procurando um local legal pra comer, vendo preço de souvenir e tal... e pago um belo mico.
Numa lateral de um prédio, cuja fachada não reconheci, vejo uma fila imensa e sou empurrada para ela:
- Vem, vem, é de graça!
Me explicam que aquele domingo era o último dia da semana da cultura na Itália e, na cidade, todos os museus eram gratuitos. Já estava ali mesmo e de graça... vambora né?
Museusinho básico, penso. Várias daquelas pinturas renascentistas básicas, cobertas de ouro, esculturas... mas é museu e não paguei para estara ali.
E vou rodando lá dentro, despretensiosamente e vejo uma estátua gigantesca.
Só uma estátua. Só.
E quando olho o que vejo? David, logo ali, peladão olhando pra mim!
Pela primeira vez me emociono desde que cheguei à Itália e finalmente a viagem faz algum sentido para mim. Sentei-me no chão, depois dei voltas ao redor dele, fotografei na surdina. Vale a pena pagar pra ver...
Saindo dali fui catar meu jantar e voltei para o hostel. Internet a 3 euros, fui subir fotos, tomar outro banho e traçar planos. Em breve novo post.
Arrivederci!
Eu cheguei aqui através da Manu, que me disse que você também tem o 'espírito aventureiro' e tenho de pegar a mochila e viajar mundo afora sozinha :)
ResponderExcluirAdorei o texto, Firenze é linda mesmo! E é muito mais que só o museu Da Vinci. Só faltou dizer que albergue paradisíaco era esse ;)
bjs, Marcelo