Acho que já comentei aqui que os parques são a parte mais cara de Orlando.
Como é a primeira vez que o filho do meu namorado ia, ele fez questão de ir a todos os parques, mesmo sabendo de antemão que alguns não tem graça alguma.
Compramos então o Ticket Magic your way de 4 dias para ir aos 4 parques do complexo (Magic Kingdom, Animal Kingdon, Holliwood Studios e Epcot Center); o Ticket de 2 dias para os parques da Universal (Universal Studios e Islands od Adventure); Busch Gardens e Seaworld + Discovery Cove: módicos 707 USD (78 USD/dia) . Subtraindo-se o último parque citado o prejuízo seria por volta de 482 USD o que ainda assim rende cerca de 60 USD de entrada de parque por dia, fora o estacionamento (12-14 USD/dia). Gasta-se mais com parque do que com hospedagem, infelizmente. E crianças até tem desconto, mas não é meia entrada.
Vamos lá então, parque a parque:
ANIMAL KINGDOM
Meu namorado ainda não conhecia mas não se houve comentários maravilhosos sobre ele, por isso, colocamos como o primeiro parque, para vermos sem pressa, sem compromisso, já que vinhamos de uma viagem noturna.
É o parque mais novo do complexo, muito organizadinho, bonitinho mas sem graça.
Nesse parque fazemos um tour pelo mundo animal literalmente: Ásia, África, com poucos bichos de verdade e poucos brinquedos fracos e bastante shows e atrações do tipo tour ou walk through.
Everest: único brinquedo que me recordo - montanha russa que tem como diferencial um trecho em que vc é arrastado nos trilhos para trás, o que rende uns bons gritos. Além do encontro com o Yeti.
Serenguetti safari : mini-safári num grande jipe, passando por estradinhas de terra e avistando-se alguns animais típicos da africana. Dura uns 15-20 minutos, foi o favorito no parque.
Shows: perdemos muito por causa dos horários, até porque estávamos ainda atordoados com o cansaço da viagem, mas conseguimos pegar o último show do Rei Leão e foi bem legal. Ah e me lembrei: tinha também um cinema 4D do vida de Inseto it´s a bug life.
Fora isso, parece ser um parque legal para crianças: existem postos espalhados pelo parque onde há diversas brincadeiras para familiarizar as crianças com os diferentes tipos de animais e insetos, aviários, etc.
E não consegui ver um personagem sequer.
Foi legalzinho, mas eu não iria de novo.
EPCOT CENTER
No segundo dia nos programamos para ir ao Holliwood Studios, mas chegamos lá e nos deparamos com um MEGA cartaz anunciando um evento de Star Wars - Last Tour to Endor - a despedida do brinquedo do parque com uma festa com os personagens.
Paramos ali mesmo, fomos no Guest relations e perguntamos se poderíamos anular nossa entrada para voltar no dia do evento e comprar os ingressos especiais. Nesse caso, foi aceito. Pagamos 80 USD pelo ingresso especial do evento (que ia até 01:00 enquanto o parque e os brinquedos fechariam as 21:00 para quem tinha o ingresso normal), trocamos o bilhete e fomos felizes e contentes para o Epcot.
O Epcot era talvez o unico parque que de fato eu tinha na lembrança.
Quando pequena, nos áureos tempos da Stella Barros, tia Stella foi na festa das crianças do clube que eu frequentava falar sobre os parques da Disney, sobre os pacotes e excursões e teve vários sorteios de brindes de lá: canetas, bottons, bandeirinhas. Eu fiquei com meu número apertado na mão por longos minutos, número 27 e ficava louca pra ser sorteada. Na hora que chamaram o 27 e levantei a cabeça cadê o número? Silência, procurei feito louca e dizia "era meu, perdi!" e apareceu um marmanjo com ele na mão. Fui atrás reclamando que era meu, tinha caído e que estava há alguns minutos procurando ele e dizendo perdi o 27! Tia Stella não pensou duas vezes e me deu a Placa da Epcot. Ficou na minha porta do quarto alguns anos.
O Epcot não é um parque excepcional nem de brinquedos excepcionais. É mais um lugar para ver, olhar refletir. A grande maioria dos brinquedos nos remete ao futuro e às coisas novas que podemos inventar e viver melhor.
Pegamos o fastpass e fomos direto para o Mission Space, o brinquedo mais tradicional que se esconde dentro da enorme bola, o símbolo do epcot. O brinquedo mostra a história do mundo, a evolução, nos faz pensar.
Havia um outro espacial, aonde pegamos uma fila enorme, era uma pessoa por fila no carrinho (uma atrás da outra) e ODIEI. Rápido demais, curvas curtas, me debatia no carrinho o tempo todo.
Depois, fomos para o brinquedo da HP, uma missão a marte, um simulador. O brinquedo não sai do lugar, apenas sacode, vira, mas você tem a exata impressão de que está numa nave especial decolando da terra.
Brinquedo seguinte, Fast Track, aonde vc é uma crash test dummie, um daqueles bonequinhos usados em testes de impacto para estudar a melhor maneira de construir carros trazendo mais segurança para os passageiros.
O fast track, aliás, é essencial. Há brinquedos em que a fila passava de uma hora. É muito desumano.
Passados os brinquedos, há o outro lado do parque, onde fica o World Show Case, com pavilhões representando 11 países e aonde você pode aprender um pouquinho da cultura de cada um deles, ver prédios tradicionais e até mesmo degustar uma comidinha típica e comprar souvenirs. Alguns deles até possuem reprodução de construções famosas. E em todos eles os atendentes são nacionais dos países que representam.
México, Marrocos, França, Itália, Alemanha, Inglaterra, Noruega, China, Japão, Estados Unidos e Canadá.
Acabou que não almoçamos nem jantamos em nenhum dos restaurantes típicos, até porque há que se reservar com antecedência. Fizemos apenas alguns lanches, dos quais destaco a "lanchonete" na França, onde há paninis e sanduíches típicos com baguette, queijos locais, além de doces maravilhosos.
Outra menção horrosa para a Alemanha: o salsichão com pãozinho é campeão sempre, ainda mais com aquela mostarda escura.
A decepção foi q havia houvido falar que havia um "Alfredo de Roma" na Italia, restaurante tradicional e conhecidíssimo (o qual não visitei quando fui à Itália por sinal) e, ao chegar lá, não vimos o Restaurante. Até tinha um outro, com pizzas e parecia legal, mas o último horário de reservas era na hora da queima de fogos e, infelizmente, meu namorado tem paixão por isso e estávamos com uma criança que nunca foi a Disney. Enfim...
Sem querer pagar de insesnsível, mas não vejo graça nenhuma em fogos de artifício. E por incrível que pareça, fogos mesmo os de Copacabana são iguais. A diferença mesma fica por conta das ilusões na água, a bola do epcot saindo do lago, etc.
Ah sim: os países não tem "brinquedos" propriamente ditos, mas alguns deles tem tour em barcos típicos no lago, os quais obviamente não tivemos tempo de ir, já que chegamos ao parque com 2 horas de atraso por conta da ida ao Hollywood Studios.
Eu acho que é um parque para se passar dois dias. O world show case merece um dia inteiro. Eu voltaria.
HOLLYWOOD STUDIOS
Enfim um parque bem legal!
Todo estiloso, com vários prédios remontando aos áureos tempos de Hollywood nas décadas de 30 e 40, traz diversas atrações relacionadas. Algumas legais, outras nem tanto.
Torre do Terror: o brinquedo remonta um antigo hotel, que teria sido parcialmente destruído por um raio e, desde então habitados por fantasmas. Após encarar uma razoável fila e passar por salas com quadros animados, aguarda-se numa ante-sala onde é passado um vídeo falando da história do hotel. Vc entra dentro de um dos "elevadores" que deveria subir mas fica balançando direto, sacudindo pra cima e para baixo. Achei fraco e sem graça. Nota 5.
Aerosmith Rollercoaster: diferente das mais tradicionais, essa montanha russa (se é aque assim podemos chamar) não é aberta, mas interna e boa parte me pareceu subterrãnea. Na ante-sala do briefing, o pessoal do Aerosmith dá um oi para você e estão de saída para um show. Bacanas que eles são, manda a sua agente "se virar nos 30" e providenciar uma limosine para que seus fãs não percam o show. Os carrinhos simulam limosines e a saída é uma verdadeira arrancada! Tudo é no escuro, exceto as luzes coloridas piscando.
Achei melhor que a Tower od Terror, mas, por não ter grandes alturas ou quedas, o espaço de circulação do brinquedo é menor e com isso você sente mais as curvas e o looping. Nota 6,5.
Extreme Stunts show: Um dos poucos shows que fui, graças à correria. Imperdível. Um show de dublês com motos e carros em alta velocidade, muitas explosões. O resto se contar eprde a graça. Nota 9
Show dos Muppets 3D: Não tem quem não goste, ainda mais pra quem tem a minha idade, em se tratando dos Muppets. Divertidíssimo e recomendado. Nota 9
Toy Story Mania: Segundo melhor brinquedo da Disney e IMPERDÍVEL. Vá mais de uma vez! É uma atração interativa em 3D em que você, dentro do seu carrinho, possui um "toy cannyon" que atira bolas em 3D e acerta os alvos... em 3D nos painéis a sua frente. Farra garantidas. Vi adultos alucionados brincando igual criança e gritando: eu vou de novo!!! A quem interessar possa, meu score foi 241 mil. E o record do dia... mais de 700 mil. Imagino quantas vezes o infeliz foi ali jogar... Nota DEZ
Star Tours: brinquedo sem graça, pouco emocionante, mas convenhamos: é starwars!! Só isso já vale a pena. No dia em que fomos, ia ter um evento extra de Starwars até 01:00 (bilhete à parte) cujo nome era Starwars Celebratio V - last tour to Endor. Pelo que entendi, o brinquedo será desativado para dar espaço a outro mais moderno. De Starwars espero. Pra mim valeu a pena pelo momento histórico. Nota 7
Em tempo: próximo ao brinquedo não deixe de ir à loja temática Tatooine Traders e, se tiver crianças, não perca o centro de treinamento Jedi. As crianças recebiam seus robes de padawan, sabres de luz e treinavam com outros jedis, alguns lutavam contra o Darth Vader.
Menção honorsa para um menininho foto que não acertou o Darth Vader mas percebeu que ele era mau e, provocado, deu-lhe um chutão no joelho e foi aplaudido rsrsrs
O evento foi maravilhoso, muitas pessoas fantasiadas e lutando com seus sabres de luz pelo parque. Ganhei o meu, após uma fila de uma hora e meia pra comprar a camiseta oficial do evento. E destaque para o show de dança com Darth Vader, Chewbacca, os stormtroopers e povo da areia. "Let the wookie win!! "
Decepção no parque: O set de querida encolhi as crianças não está mais lá e em seu lugar estão passando um filme do Michael Jackson em 3D, segundo eles o primeiro do gênero, filmado há 20-30 anos. Michael com a mesma cara da época em que fez Thriller e ainda preto. Filminho chato. E não teve o show Fantasmic! por causa do evento de Starwars.
MAGIC KINGDOM
O básico da Disney que todo mundo vai. E uma vez na vida basta, ao menos pra gente grande como eu.
Primeiro dos parques, onde tudo gira ao redor do reino dos contos de fadas, estando o Castelo da Cinderela no meio de tudo e por todos avistado. O símbolo máximo da Disney.
Há bastante atrações, mas todas fracas. É um parque onde definitivamente crianças vão se divertir mais do que adultos, mas a idéia é essa não é?
Para adultos, alguns dos brinquedos que podem interessar mais:
Haunted Mansion: um dos mais antigos do parque, ativo desde a sua abertura. Uma mansão mal assombrada que vc visita boa parte a pé, por dentro, e depois, em carrinhos. Fraquinho. Mas o filho do meu namorado quase se borrou nas calças com os quadros falantes rs. Nota 6
Big Thunder Mountain: não fui, mas aqui deixo meu recado: se voce tem mais de 30 anos e amor a sua coluna, EVITE qualquer montanha russa de madeira.
Splash Mountain: tédio mortal durante váááários minutos e só fica interessante na hora da queda. Aí sim é divertido, e em parte pois vc consegue se molhar, o que é um alívio dependendo da época do ano em que você visitar a Disney. No meu caso, agosto, era uma SAUNA. Nota 7 só por causa da queda. Sem ela seria nota 4.
Piratas do caribe: tééééééédio!!! Mas pelo menos o filho do meu namorado gostou, apesar de se borrar de medo no escuro com aqueles bonecos mal feitos. Muito melhor tirar foto com o Pateta vestido de pirata do lado de fora. Nota 2.
Julgle Cruise: um passeio de barco num rio onde aparece um (oh) crocodilo enooorme. Run to the hills!! Sem mais comentários.
Na área da Tomorrowland foi que achei as atrações melhorzinhas, mas quase todas interativas:
Stitch great scape: divertidíssimo! Um ótimo simulador com meu monstrinho da Disney. Tirei inúmeras fotos agarrada a vários bonecos dele e ainda trouxe um pra casa. Há quem não curta e ache a atração uma ofensa, já que o brinquedo substituiu o Alien, mas sinceramente, dane-se o Alien. Disney não é lugar pra ele, que vá pro Hollywood ou Universal Studios. Stitch é imperdível. Nota 8,5.
Laugh Floor (Monstros SA): É uma standup comedy interativa com os personagens de Monstros SA. Extremamente bem feita e divertida. Recomendo. Nota 8
Buzz Lightyear´s Space Ranger Spin: Brinquedo interativo como o do Toy Story que tem no Hollywood Studios, mas não chega aos pés. Dá uma saudadezinha do outro... mas vale muito a pena encarar a fila. Nota 8.
Coisa boa que esses três estão na mesma rua, um do lado do outro.
Space Mountain: pior tempo gasto na Disney. Fila enorme, brinquedo sem graça e, por ser uma montanha curtinha, sacode HORRORES. Fiquei toda roxa. Nunca mais. Nota 3.
Pois é. Acabou a Disney fora do Fantasy Land, o trecho reservado às histórias de contos de fadas. Os brinquedos mais clássicos e, mesmo sem graça, é impossível não ir: voar no dumbo, andar nas xícaras de chá e no carrossel. E a queima de fogos, que pra mim é igualzinha a de copacabana, exceto pela presença do castelo da Cinderela iluminado. Dura uns 15 minutos pelo menos.
E no fim das contas eu perdi Mickey's Toontown Fair. Mas era demais pra minha cabecinha. Não tirei uma foto com o Mickey ou com a Minnie, mas aí é culpa do Sr. Walt Disney que não deixa eles lá o dia inteiro pra gente tirar foto.
E se você queria uma desculpa para estudar inglês, ir à Disney vai ser uma ótima. Alguma das melhores atrações são os shows ou filmes em 3D que invariavelmente estão em inglês e se você não souber a língua... perde as piadas.
No próximo post: Universal Studios e Islands of Adventure.