segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Bruxellas

Próximo destino, Bélgica.

A Bélgica é um país curioso. Também alvo de piadas por parte dos franceses assim como os portugueses sofrem conosco, a Bélgica sempre chamou a atenção pelas duas línguas nativas, o francês e o flamenco, uma variação do Dutch (holandês).

Lá chegando primeira coisa que aprendo é que cidades do sul falam francês e as do norte é que falam flamenco e as pessoas não se misturam, rivalidade resumida pelo meu amigo Tom, belga legítimo da coluna do meio (já explico): a Bélgica foi criada para separar separar França e Holanda que viviam em guerra. Simples?

Parece razoável já que se olharmos as pessoas nas diferentes cidades notamos que nas cidades ao norte temos pessoas mais altas, bem claras e com olhos claros e cabelos louros ou claros como os holandeses e ao sul, morenos como os franceses.

Mas como se não bastasse esta salada de línguas, ainda há uma pequena região de colonização alemã, onde se falam as 3 línguas, daí a coluna do meio. meu amigo além das 3, fala inglês fluentemente (foi assim que nos conhecemos em 1996 na saudosa FIDONET tem boas noções de espanhol e está aprendendo mandarin, já que sua esposa é chinesa. Coisas de mundo globalizado.

Só em lugares como a bélgica você vê placas em duas, três, às vezes quatro línguas, aí incluído o inglês, lugar mais eclético impossível. E em todos os lugares fala-se inglês ou seja, se vc respira, vc se comunica.

Ainda no esquema de usar o bilhete a qualquer hora, pegamos um trem mais cedo e chegamos por volta das 18:00, dia claro em Bruxellas ainda. E foi nesse fatídico dia que Murphy testou minha fé e meu nervos de aço.

Segundo a informação do Hostel, pertinho da estação de trem pegaríamos um bus e em 5 minutos estaríamos lá. Perdidas, ao invés de fazer o óbvio - pegar logo um taxi - conseguimos um mapa e tentávamos sem sucesso nos achar quando aconteceu: atravessando uma das ruas do NADA ouvimos *PLEC* e minha mala estendida no chão e meus olhos idem. No meio da rua, Dani leva as mãos á cabeça.

Recapitulando: Bruxellas, 18:30, não existe shopping, lojas normais não abrem fim de semana. Compreendem meu desastre?

Arrastei a mala até conseguirmos achar o metrô, de lá fomos para o hostel depois de duas horas em crise, chorando e tentando descobrir se era possível despachar a mala sem alça desacompanhada dentro da minha franquia enquanto Dani bebia cervejas, fomos dormir, porque turismo só no dia seguinte.

Acordamos e ante meu desânimo e o stress do dia anterior, fomos salvas pelo turismo mais tosco que pode existeir: os ônibus de sightseeing: vc compra um passe, tem vários deles circulando pela cidade e vc sobe e desde livremente nos pontos turísticos. Esse ônibus salvou Bruxellas!

O passe custava 14 euros, mas dizendo que era estudante eles faziam por 12 (eu não perguntei, eles perguntaram e eu fiquei quietinha) e ia em todos os lugares e valia por 48 horas!

Vários monumentos vimos de dentro do ônibus, mas descemos e recomendamos visitar a Catedral Saint Michel, O Atomium (pague para subir, não faça economia porca), a mini-Europa ao lado do atomium (só 12 euros, vá), dentre outros.

Fomos numa das praças centrais e ali rodamos muito, vimos o famoso Manekim Piss - de onde os botafoguenses copiaram o Manequinho, um boneco mínimo por sinal. Mas circular pelo centro é incrpivel, os milhares de bares, cafés, bistrôs.

Compramos MUITO chocolate, caixas de Gullyan com 20 chocolates a 5 euros em promoção, dentre outros. Dani tomou todas as cervejas, até eu provei uma, com chocolate.

Vale a pena voltar e ver de novo. Uns dois dias pelo menos, com calma. E sem mala quebrada.


Perdoem o post capenga, mas foi um dia crítico na viagem. Depois eu me recuperei, e arrastei a mala até o Brasil...

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