quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Paris! Ah Paris!

Da mesma forma que deixamos a jujuba vermelha para comer no fim, fiz o mesmo, com Paris, essa foi minha jujuba vermelha. Ou seria, pois Barcelona atravessou minha vida e depois Munique, mas são oooutras histórias.

No fatídico 29/04/2008, às 11 da manhã, eu, Dani e minha mala sem alça (literalmente) embarcamos para a próxima aventura, Paris! Pegamos um taxi em Brugges e fomos para a estação de trem.

Primeiramente, vamos derrubar um mito: táxi não é a coisa mais cara do mundo, JURO. Exceto se você for até o aeroporto, mas até as estações de trem, pagamos de 5 a 11 euros numa corrida, com direito à cobrança por volumes extras (em algumas cidades o taxi cibra de 0,50 a 1,00 euro por volume na mala) e aí fica a dica: mochilas e bolsas medianas LEVEM NO CARRO pois tudo o que vai na mala é tarifado.

Mas enfim, a 4ª intervenção de Murphy, mas nessa nos saímos bem: o trem de Brugges a Paris faz conexão em Lille, onde vc troca de trem e pega um TGV até Paris e tem 30 minutos para isso. Seria PINTO se... o outro trem fosse em OUTRA ESTAÇÃO de trem e você não estivesse com uma mala sem alça! Nunca corri TANTO na minha vida, chegamos lá faltando minutinhos para o embarque (os trens e metrôs são pontualíssimos lá fora).

Após quase infartarmos na corrida e feito nossa musculação básicas, encaramos o TGV e 40 minutos depois, Paris!

Chegando na gare, Dani estava em pânico e cuidadosa além do necessário pois um rapaz brasileiro que conhecemos em Brugges nos falou a triste história de sua chegada em Paris, quando um mendigo levou a mala dele com tudo dentro, saímos cautelosas e pegamos nosso taxi.

Primeira coisa: sim, é para ter cuidado como em qualquer outro lugar DO MUNDO. As gares de Paris são lotadas, muita gente circulando, mas muito policiamento ostensivo. É claro que um olho na mala e outro na multidão sempre e qualquer um desconfiaria de quem pede um trocado pra ajudar a levar a mala, é proibido isso lá.

Pegamos o taxi e fomos para o nosso Albergue, ou melhor "petit(tit) hotel", localizado no Marais (3eme arrondissement), a última opção que tivemos pelo tempo que demoramos para fazer reservas e lá chegamos... crise de risos pra não chorar. Sabe aquelas pensões com placa de hotel na Rua Mem de Sá? Pois é... EXATAMENTE. Só que com banheiros no corredor e lá fomos cumprir nosso destino.

Fomos recepcionada de forma não calorosa pelo Sr. Sylvain, um Chinês ou Coreano, que seja, dono da hospedagem, coisas de mundo globalizado, que nos apresentou o quarto: um duplo com chuveiro... LITERALMENTE chuveiro dentro.

Não, não havia um cômodo à parte e sim um box de chuveiro PLANTADO dentro do quarto e um cano de água vindo da parede para alimentá-lo, a coisa mais BIZARRA que vi em toda minha viagem!

Superado o espanto pelo box, passamos a observar o conjunto da obra: um quarto antigo, com papel de parede cafona, estampado, cortinas mais cafonas ainda, estampadas, móveis velhos e o box bizarro e a pia ao lado, também bizarra.

Sentamos na cama e começamos a rir, de soluçãr, copiosamente por MINUTOS. :))

Passada a crise, trocamos de roupa e fomos dar um rolé para conhecer a vizinhança, fomos ao mercado e fizemos nossas primeiras compras BÁSICAS em Paris: Água Mineral, Pão preto, querio BRIEEE, geléia de damasco e vinho e mais vinho. Pobre é foda. :))

Advinha qual foi o café da manhã diário e o lanche da noite? Foto please.

Compras em geral, se você for ficar em Paris vários dias, recomendo o MONOPRIX, uma rede de supermercados que tem de tudo, inclusive roupas, coisas de casa e um ARSENAL de coisinhas de farmácia que eu e minha amiga Dani compramos alcinadamente. Eu paricularmente recomendo os produtos da linha doméstica da Schwarzkopff (acho que é assim), marca que aqui custa os olhos da cara, em especial a máscara gloss para os cabelos, o defrizante e o lait demélant para retirar o excesso de oleosidade do cabelo sem ressecar as pontas. Dentre outros.

Nesse primeiro dia apenas rodamos a pé, o que estava ao alcance e o primeiro lugar que fomos conhecer foi a Place de Voges, que fica no nosso bairro, o Marrais, famosa pela simetria perfeita. Ali também fica a Maison (casa) de Victor Hugo, um museu, aberto à visitas.

A outra coisa boa é que não só lá como em quase todas as praças e parques públicos tem internet Wi-fii aberta e de graça para todos. Se estiver com seu PDA, Notebook ou Iphone...

Dali descemos, após dar uma volta em todo o Marais, tiramos o dia para conhecer o miolão de Paris: Île de Seine e Île de saint Louis, as duas ilhotas no meio do Sena. Na primeira fica a catedral de Notre Dame, figurão básico de Paris. Na 2º, não há qualquer monumento, mas as lojinhas e os cafés do quai d'Orléans de onde se tem as melhores vistas da Catedral de Notre Dame.

Eu e Dani fizemos uma visita a Notre Dame mas não subimos a torre. Nos jardins, se voce tiver miolo de pão à mão ou biscoito, passarinhos mal acostumados vem buscá-los, o que rende inúmeras belas fotos e "en plus" a alegria da criançada.

Nosso destino em Paris era conhecer os principais arrondissements, os chamados 1º ao 10,º arrondissementes (os mais centrais) e Montmartre, o 15º. E foi assim, que em nossa primeira tarde em Paris, conhecemos 3 bairros em detalhes. Só não dou os números pois, quando programei a viagem, me orientei por por um que vi na internet e meu guia de viagem não informa, além de citar alguns bairros fora do miolo nobre de paris.

Merece a visita. Melhor que isso só se o tempo estivesse melhor.

Em tempo: a primavera na Europa em geral não é como no Brasil. Lembra muito o nosso inverno, frio, muitas vezes chuvoso, tempinho instável. Só ganha os ares a que veio em meados de maio, por isso recomendo sapatos fechados, mas nada de tênis, porque molham, nem botas com salto, pois não são confortáveis. Paris é lugar pra se andar e MUITO. Há muito o que ver.

Ou seja, não há como não levar volume, se vc vai bem nessa épocazinha de transição. Guarda chuvas são benvindos, capas nem tanto. Um certo dia, minha amiga Dani vestiu e tirou a dita cuja uma quantidade louca de vezes. E eu registreiobviamente. rsrsrs

2 comentários:

  1. Meu ponto de vista:
    Discordo em dois pontos:
    +Tênis sim, o mais confortável que vc tiver, mas tem que ser de couro senão molha mesmo! Nos primeiros dias em Paris fugimos o tempo todo da (nuvens de) chuva.
    +Guarda chuva não, capa de chuva sim! Paris venta muito nessa época e com capa além de se molhar menos, ainda fica com as mãos liberadas para pilotar a bike!
    A bike é outra história q merece ser contada!

    bjs
    Dani

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  2. Bota sim, a mais confortável possível! Minha melhor aquisição para a viagem foi uma bota rasteira. Usei quase o tempo todo! Além de ser confortável, protege muito do frio! Vale a pena levar uma! E para quem pensar: ahh mais não sei ficar sem meus saltos. Se conseguir andar com eles 12 horas por dia sem parar, vai fundo. Caso contrário ou vai perder parte da viagem ou vai ficar com os pés cheios de bolhas rs

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