quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arequipa!

Retornando do tour de Taquilles, já com o bilhete de ônibus comprado, partimos para Arequipa.

Escolhemos a companhia “menos pior” que era a Sur Oriente, a módicos 30 soles a passagem no serviço “VIP”, no 1º piso. Conforto mínimo, ao menos tinha calefação e o ônibus era menos pior que o San Luis que nos trouxera a Puno.

A viagem foi razoavelmente tranqüila, teve apenas uma parada em Juliaca (obrigatória) e seguimos direto para Arequipa (graças a Deus). Banheiro sofrido, mas desta vez, tendo aprendido a lição, comprei meu rolo de papel higiênico e sorri para a vida. Chegamos no horário previsto, por volta das 4 da manhã.

Arequipa, também conhecida como a cidade Branca, é rodeada por volcões; logo está sujeita a constantes atividades sísmicas. O mais famoso deles é o El Misti, cartão postal da cidade, e tido como um vulcão “perfeito”. A apelido “cidade branca” se deve à cor das rochas vulcânicas muito comuns na região.




O hostel escolhido foi o Arequipay Backpackers, que ficava na Calle Cruz Verde, extremamente perto da Plaza de Armas, mas conforme consta do site, está de mudança. Independente de onde eles estarão, o que mais agradou lá foi o clima, a prestatividade e o carinho com que fomos recebidas e muito bem tratadas por Evelin e sua equipe.

Nem mesmo o fato dos banheiros serem fora do quarto tirou o meu bom humor. Tudo estava sempre muito limpo e arrumado, café da manhã caprichadinho, wifi de graça, internet de graça e um balcão de excursões a preços convidativos. E tudo isso por módicos 9 USD a diária.

Como chegamos de madrugada, dormimos, demos uma volta na Plaza de armas pela manhã e de tarde, e fizemos o city tour no ônibus de dois andares. Relativamente barato (30 soles), pegamos o que tinha mais opções de paradas e confesso que achei bem legal.

Além de todos os pontos turísticos, conhecemos todos os bairros de Arequipa (praticamente), desde os chiques aos mais simples, sendo o ponto alto o mirador de onde se avista o Vulcão El Misti e os outros ao redor.


El Misti

O ônibus que escolhemos, o amarelo, ainda ofereceu água sem gás, viseira e mantinha pro frio que fazia no andar superior, além dos fones de ouvido para ouvir as explicações dos guias.

O plano seguinte era fazer o trekking no Colca Cânion, mas como minha companheira de viagem estava indisposta e tinha que ver coisas de trabalho, optei pelo tour de 1 dia, de van. É legal, mas nem se compara. Nem em sonhos.

Os Cânions mais típicos, os redondos, mal são quase avistados neste circuito. Mas há muita coisa legal também. A única coisa chata é que se sai de madrugada, pois os Cânions ficam na proximidade de Chivay, a 3 horas de Arequipa, mais ou menos.


Primeiro fomos ao Mirador Del Condor, onde podemos vê-los sobrevoando de pertinho. Dei sorte de ver mais de 9 ao mesmo tempo, é simplesmente lindo!




E como em qualquer lugar no Peru, onde tem ponto turístico tem... barraquinha. E si, lá fui eu barganhar.

Dali paramos em vários pontos para vermos os cânions, onde os incas construiram os andeles, terraços para plantio de alimentos, a grande maioria abandonados, mas alguns em pleno funcionamento. Paramos para almoçar num restaurante (não incluso) muito gostoso e, depois, para um banho de águas termais. E dali voltamos. Podia ter sido melhor.

No dia seguinte fizemos um rafting nas proximidades, sugestão da minha amiga. Eu que nunca tinha feito, caí dentro! Literalmente.


Foi bem bacana mas muito cuidado se vc não está acostumado. Apesar de seguir todas as ordens do comando do barco, caí na água e acabei sendo empurrada para debaixo do bote. Só sobrevivi pois tive calma suficiente para puxar o ar e fôlego para aguentar mais de um minuto presa ali embaixo. Bem difícil de sair com aquele colete preso no seu peito e me empurrando contra o bote mas, no final das contas, tudo deu certo e eu estou aqui para contar a história. :)

Findo o dia, só nos restou descansar, um belo jantar e nos preparar para a próxima jornada: Nazca!

E desta vez de Cruz del Sur! :)

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