terça-feira, 6 de outubro de 2009

Indo para Puno e Islas de Uros

Como sempre, primeiro a gente conta o perrengue:

Saímos de Cuzco pela manhã com destino a Puno, onde faríamos o tour para as ilhas flutuantes de Uros e Taquiles.

Esse dia foi um dos PIORES perrengues da viagem, e aqui dou uma dica: NUNCA, JAMAIS comprem passagens de ônibus em agências ou aceitem vouchers. Passagem de ônibus se compra na Rodoviária.

Por mais que te tratem bem nunca se esqueça que eles se fazem de pobres coitados e farão de tudo para arrancar cada sole possível de você.

Comprei o bilhete no próprio hostel (Pirwa Hostels) pois eles tinham uma pequena agência de turismo ao lado e isso nos economizaria 12 soles de taxi segundo a agência. Pagamos 40 soles cadas por passagens de ônibus da companhia TOUR PERU que, segundo eles, era de excelente qualidade, e realmente parecia.

Queríamos muito ir de Cruz del Sur, a ÚNICA companhia inquestionavelmente decente no país mas eles não faziam o trecho que queríamos pela manhã.

Pegamos ou vouchers e fomos orientadas a chegar meia hora antes na rodoviária para trocarmos os vouchers o que fizemos a tempo. Nos orientaram a ir para a porta 10, muito embora no guichê falasse que os ônibus ficavam na porta 2.

Vimos o ônibus vermelho e ali ficamos esperando. Quando faltam 5 minutos, perguntamos se podiamos subir e o motorista disse que não, que o ônibus só saía 8:30. Insistimo e quando ele pegou nosso bilhete estava escrito... San Luis. WTF foi o que me passou pela cabeça.

O ônibus estava quase saindo e tivemos que correr. Era bizarro, MUITO bizarro. Quase chorei porque não me deixaram subir com minha mochila, jogaram ela de qualquer jeito no bagageiro e me fizeram subir.

Foi uma viagem TENSA. Pagamos por um ônibus com ar-condicionado que iria para Puno fazendo uma breve parada em Juliaca em 6 horas e levamos quase OITO, pois esse ônibus parou em tudo quanto é lugar! E SEM ar-condicionado e com um banheiro INUTILIZÁVEL, sem água ou papel higiênico.

No Peru existe o costume de as companhias aproveitarem o espaço vago de bagagem para transportar mercadorias de uma cidade para outra, em geral até Juliaca e com isso faturar algum dinheiro a mais, mesmo que isto signifique colocar alguns ENORMES sacos dentro do ônibus ao seu lado te espremendo.

Eu entrei em pânico e simplesmente não relaxei. A cada parada eu descia para vigiar o bagageiro que era sempre aberto e em uma das oportunidades fiz um escândalo quando vi uma pessoa que não era do ônibus tirando minha mochila e demonstrando a intenção de vesti-la nas costas. Um desastre! o motorista veio me acalmar, dizendo que estavam apenas tirando ela dali pra reajustar, que ninguém iria levar nada e eu chorva o tempo todo que não queria perder meus milhares de recuerdos.

Como se tal não bastasse, estávamos estressadas com os pacotes super hiper faturados, já tínhamos perdido o do dia quando conhecemos a dona Olinda da agência Inka Travel. Espertamente eles sobem em Juliaca e no trecho até Puno tentam nos vender os pacotes. De 70 dólares com pernoite para 60 SOLES com café da manhã, pernoite 15 soles... chutamos o balde.


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