sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Vale Sagrado : Pisac, Ollantaytambo e Chinchero (NOT)

O passeio do Vale Sagrado, em linhas gerais, passa por Pisac, Chinchero e Ollantaytambo.

Custa em média de 25-45 soles, depende se tem o almoço incluído ou não (10-18 dólares).

Em Pisac existem ruínas muito antigas e os terraços em níveis (“andeles”, de onde os espanhóis extraíram o nome de Andes) onde eram feiras as culturas de alimentos, nos vales.

É realmente impressionante a simplicidade e a praticidade com a qual os incas aprenderam a lidar numa terra que, apesar de fértil, era extremamente acidentada e sujeita a tremores freqüentes.


Os terraços em forma de escada descem vertiginosamente pela montanha e, segundo o guia, ali plantavam-se vários tipos diferentes de alimentos pois, conforme variava a altura do terraço, variava a temperatura, de sorte que topo ao fundo poderia haver diferença de até 8 graus Celsius de temperatura, o que fazia toda a diferença para certos cultivos.

A outra parte interessante em Pisac é o mercado que acontece nas terças, quintas e domingos, comidas e produtos típicos da região.

Para-se, aliás, o tempo todo em mercados populares para que você compre muitos e muitos “recuerdos”, portanto, não se abale se o tempo for curto.


Após Pisac o passeio segue para as ruínas de Ollantaytambo que quer dizer em Quechua “aqui quedamos”, um local onde os incas habitualmente paravam no meio do caminho para Machu Pichu.

As ruínas são impressionantes e as histórias, mais ainda.


Note no detalhe das fotos a cabeça do imperador inca (cujo nome não me recordo) esculpida na montanha com sua respectiva coroa, do lado esquerdo e, à direta, uma tumba inca. Fiz questão de tirar a foto com o guia mostrando o livro para facilitar a visualização.


Outra coisa que me impressionou foi a coincidência (ou não) do desenho formado pelos terraços no Vale de Ollantaytambo que, de fato, coincide com uma lhama sentada, figura que, para os incas, é significado de fertilidade, pois quando a lhama está fértil fica nessa posição para acasalar.

Aliás, ô povo pra gostar de sexo. Não que eu não goste mas tudo, quase tudo tem uma conotação sexual.

Em vários locais e ruínas podemos encontrar estranhas marcas nas pedras que serviam para indicar os solscístios e equinócios (para os menos entendidos, o início das estações do ano) e, invariavelmente, o início do verão era indicado quando a sombra preenchia uma cavidade, que representava o feminino enquanto o sol representava o masculino e, nesse encontro, eles sabiam que era o início do verão e era o período da fertilidade do solo.
Inocente ou não, FUNCIONA... como eles sabiam, só deus sabe.


A grande furada do passeio foi a seguinte:

Quando contratei o pacote, sugeriram que, terminando o passeio do Vale Sagrado, que deveria terminar por volta das 18:00, eu pegaria o trem das 19:00 para águas calientes, dormiria e de lá faria o tour a Machu Picchu.

Não caiam nessa!

O Vale Sagrado era o meio do passeio e terminava às 16:00, dali o ônibus ia pra Chinchero (que perdi) e voltava pra Cuzco. Resultado: MOFEI por quase 3 horas numa cidade que não tem praticamente nada, está crescendo por conta da parada obrigatória, mas enfim...

Uma outra opção pra quem não liga pra guia é alugar bike ou moto e fazer passeio pelo vale Sagrado que nem amigos meus fizeram. Disseram que é incrível.

Terminado meu suplício, peguei um daqueles “taxi” que não passam de uma moto com cadeirinha atrás e fui pra estação de trem pra Águas Calientes, a cidade mais próxima de Machu Picchu.

Inté!!

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